Estamos a viver numa época em que o desenvolvimento humano nunca esteve tão atual, embora ainda esteja no início do seu real reconhecimento. O presente blog é a expressão das minhas experiências como ser humano e como coach, como eterna aprendiz das ciências humanas e da espiritualidade, como criadora de métodos simples e práticos para aplicar no dia a dia para adquirir mais altos níveis de bem-estar integral, como mulher portadora de deficiências físicas e como artista.
sábado, 6 de abril de 2024
Páscoa Transpessoal - prática 5: renascimento
sábado, 30 de março de 2024
Páscoa transpessoal - prática 3: a morte
A morte não é o fim, é a passagem. é o que precisas de atravessar para renasceres. Se olhares para mim, se observares a minha vida pública, concluirás que vim com esta missão, para preparar o caminho que possibilitasse o teu total resgate, o caminho que faria com que a vida e a morte fossem uma via de transformação e não de precipício vão.
Permite-te mergulhar, por um instante, na tua dor, para que possas reconhecer a minha dor, excruciante e pungente. Permite-te por um instante conectar-te com as minhas feridas, que são também as tuas feridas... de alma, emocionais, físicas.
O meu amor incondicional derramou-se sobre a terra para que cada chaga tua já se encontre com a possibilidade da cura, e por sua vez, as tuas feridas abrem portas à tua cura, pois identificam os teus maiores poderes.
O abandono ensina-te a acolher... A rejeição ensina-te a abraçar o teu poder pessoal... A perda revela-te o que és capaz de dar, os sentimentos de culpa revelam-te o que é a compaixão, e o sangue de amor que o teu coração derrama é a nova água de onde brota a fonte de abundância do teu novo ser em ascensão.
Permite-te fazer companhia a mim, e a ti mesmo na tua dor, assim como à dor do teu semelhante.
Permite-te chorar com os que choram, chorar contigo e comigo até pelos que já desaprenderam a chorar...
Permite-te morrer, e aceita ser trespassado, pois pelo teu lado aberto entrará a luz que te faz renascer.
O silêncio em que mergulharás depois é o vazio que permitirá que haja espaço para que nova vida te preencha e inunde completamente o teu ser. Os meus braços encontram-se abertos... Os braços da vida estão abertos para ti.
Para ti, sim, não apenas para os outros, ou para o coletivo, ou para alguns privilegiados... é para ti que os meus braços se abrem... e jamais se fecharão, pois o meu desejo de te abraçar, de te dar o meu colo, é constante e ardente, e toda a natureza te dá o seu apoio na transformação, e é por isso que a tua morte é preciosa.
Permite que morra a tua identidade, para que o novo florescimento não encontre obstáculos para prosperares no amor, na sabedoria, na paz, na renovação, no resgate e na redenção.
Francisco de Assis dizia na sua oração que é morrendo que se vive para a vida eterna, pois morrer significa soltar e desapegar de modo a que nada se possa colocar entre ti e a tua realização suprema.
Repousa no amor... renascerás no amor.
Texto de Cris Carvalho.
Nota
Começamos pela prática 3 devido à data de publicação, que coincide com o Sábado Santo. Esse conjunto de práticas, intitulado Páscoa Transpessoal, foi construído a partir dos momentos de partilha com a Comunidade Nova Visão, grupo coordenado por Cris Carvalho.
Cris canaliza essas meditações e compartilha algumas delas com o público em geral. Outras, em contrapartida, serão disponibilizadas àqueles que contratam seus serviços, pelos seguintes canais:
- e-mail: cris.visaodaalma@gmail.com
- WhatsApp: +351 969 217 187
Aguardamos você!
sábado, 16 de março de 2024
Diálogos com a vida - parte III (renascimento)
Vida: - Desperta! Acorda! Está na hora de renascer.
Eu: - O que queres? O que queres dizer com renascer?
Vida: - Sabes aqueles clichês da Páscoa? De vida nova, renovação, renascimento e passagem da morte à vida?
Eu: - Sei sim... Gosto muito deles, embora saiba que, para muitos, não passam mesmo de clichês e frases feitas... Mas faz-me sentido, vida. Portanto, diz-me: o que queres? Sabes que estou aqui para fazer a tua vontade, embora haja momentos que fico sem saber para onde me virar...
Vida: - Está na hora de tu renasceres, de ajudar outras pessoas a renascer.
Eu: - Ui... eu mesma renascer, até concordo, embora possa não saber muito bem como isso se processa... Mas ajudar pessoas a renascer, isso já fica mais difícil.
Vida: - Não é difícil... Pois, embora te pareça impraticável, tu sabes que, no momento em que tu mesma renasças, estarás já a ajudar outros a fazê-lo. As pessoas que partilham contigo o teu espaço físico e energético sentirão a sua própria vontade de renascer e de se conectar com o poder que têm dentro de si mesmas para que isso suceda.
Eu: - Como podemos renascer? Não dá para voltar ao útero novamente e nascer de novo... Certo? O que é preciso para renascer?
Vida: - À medida que evoluis e te conheces, que dia após dia desbloqueias a corrente natural de abundância que tens em ti, identificando e curando as tuas feridas e transmutando-as em abertura de novos potenciais, tu estás a construir uma nova identidade.
Sim, a identidade é flexível e composta por diversas camadas; portanto, ela não é estática. E não depende apenas dos teus genes e do ambiente cultural e social em que nasces e cresces e onde passas diferentes estágios da tua existência. Ela depende também da visão que a tua alma tem e de como constróis rumo aos propósitos da tua alma.
Chegam dados momentos no teu caminho em que precisas de morrer para antigas identidades e nascer para as novas. Falamos diversas vezes do soltar e do morrer e, a seguir, como em todo o ciclo, do vir a nascer. Renascer das cinzas.
Chegam dados momentos em que te sentes grávida da tua nova versão, da tua identidade mais evoluída, mais em conexão com a luz e o conhecimento supremo, mais em alinhamento com a visão e missão da tua alma.
Falo de gravidez porque não se trata apenas de uma nova roupagem, mas sim de uma personalidade que assume tudo o que a faz evoluir e deixa para trás o que não lhe traz crescimento.
A nova identidade vai-se formando e desenvolvendo dentro de ti, é gerada pelo teu divino masculino e feminino, forjada a partir das tuas escolhas e das tuas experiências, dos teus pontos de aprendizado e dos teus dons.
Eu: - Faz-me sentido... Somos portadores de capacidades e de aprendizados, de dons e de feridas, de conjuntos de escolhas que determinam o nosso progresso e o nosso retrocesso.
Portanto, temos meios para decidir a identidade que queremos assumir perante nós mesmos e perante o mundo, e podemos nascer de novo nesse sentido, passar da morte da identidade não evolutiva à vida da nova identidade em harmonia com a luz e com o propósito divino – ou, para quem não lhe chamar assim, o propósito de vida mais elevado...
Vida: - Sim. E, como todas as gestações e partos, não são processos instantâneos, requerem tempo, trabalho interior, paciência, perseverança, desbloqueio e algum trabalho exterior, ação direcionada para que seja colocada no mundo a identidade da melhor versão de ti.
Eu: - Quantas vezes se pode renascer?
Vida: - As vezes que forem necessárias... Eu, a vida, sou cíclica; sou, na essência, amor e compaixão. Estou sempre interessada em permanecer e amo os seres vivos ao ponto de não querer que eles pereçam; por isso, gero oportunidades diversificadas e infinitas para que se possa renascer.
Não sou, ao contrário do que se diz, antagonista da morte: ela é apenas outra faceta minha, a faceta que permite transformação. Por isso, acontecem diversas mortes dentro de uma única vida (neste caso, humana, já para não falar de outras formas de vida, que são tantas e igualmente valiosas).
E, do mesmo modo, pode haver tantos nascimentos quantos sejam necessários para que seja assumida a vida na sua plenitude máxima, desde que os seres humanos se abram a essas possibilidades.
Eu: - Como podemos fazer para nos abrir?
Vida: Abrir-se é o mais natural... abrir-se ao belo e ao bom que a vida tem é como as flores que abrem o seu cálice. Afinal, quem não busca ser verdadeiramente feliz e viver experiências de abundância que, afinal, são o nosso estado natural? Quem não deseja viver experiências de amor profundo e absoluto?
Sabemos, porém, que trazemos aprendizados que precisamos de fazer, e as experiências e as emoções contrativas vêm para nos fazer identificar e realizar os aprendizados.
Por isso, quem se abre aos processos de vida sabe que terá de abrir-se também aos processos de morte e quem se dispõe a viver todas as emoções acabadas de citar tem conhecimento de que os seus antónimos são a parte integrante das mesmas.
Tudo é composto de luz e sombra e, se nas emoções expansivas se revela a luz, nas emoções contrativas revela-se a sombra, o aprendizado e a evolução.
Um coração partido é um coração aberto e uma alma inteira em amor é também uma alma que se fragmenta para que possa expandir o seu abraço a mais e mais seres vivos que serão afetados pelo que emitimos.
Portanto, se desejas abrir-te para uma vida em abundância e plenitude, abres-te à necessidade de morrer e renascer as vezes que forem precisas para seres mais amor e luz e, consequentemente, o teu impacto no mundo, a tua capacidade de servir, ser cada vez mais ampla e plena.
Conteúdos para te ajudar a renascer
sábado, 9 de março de 2024
Cheia de tudo - cheia de nada
Neste mês de março, em que celebramos a primavera, o mês da mulher e também a Páscoa, assinalou-se também o 4º aniversário de uma cirurgia que mudou quer o meu corpo, quer a minha vida.
“Nunca nenhuma mulher deveria ter que passar por isto” foi a frase que mais disse após a minha histerectomia em 2020, após dois anos de intenso sofrimento com endometriose, após exaustivas corridas de médico em médico, especialista em especialista, tratamento em tratamento.
Frustração, cansaço e dores excruciantes faziam parte do meu dia a dia e, ainda que a nível espiritual, mental e emocional estivesse a vivenciar períodos de grande expansão e crescimento, fisicamente a minha qualidade de vida diminuía drasticamente.
E lutei, lutei até me esgotar para encontrar soluções, procurei formas de sair do problema; mas, no redemoinho de ação e resistência, o processo culminou com uma histerectomia total, feita com máxima urgência para preservar a minha vida.
E o que isso me fez sentir? Dores excruciantes que os analgésicos não conseguiam amenizar, pois elas eram físicas e não só. Eram dores de corpo e de alma, dores de infinito vazio, de frustração.
Sempre que me perguntavam como me sentia, a minha resposta era esta mesma: "Jamais ninguém deveria ter de passar por isto, nunca uma mulher deveria ter de passar por isto". Nada me havia preparado para o efeito.
Por mais informações que recebesse a nível médico e até psicológico, nada me preparou para a sensação indescritível de vazio, de ser uma única ferida, toda eu era uma chaga, um ser não só despojado do seu útero e de todo o seu aparelho reprodutivo, como também das suas defesas.
Sentia como se, mesmo após ser suturada, me encontrasse ainda totalmente aberta para tudo de bom e de mau que entrasse em mim e me penetrasse.
Nada me preparou para sentir coisas que demorei algum tempo a compreender, entre as quais o sentimento de culpa por não ter conseguido fazer as coisas certas para evitar que aquilo acontecesse.
Quatro anos depois, sinto um apelo da minha alma a partilhar convosco, caros(as) leitores(as) não só o que senti, mas também o que aprendi com esta experiência cujo significado só agora realmente compreendi.
Sempre aprendi que qualquer experiência de sofrimento é uma oportunidade de aprendizado, mas precisei de atravessar também esta experiência para atingir o tremendo ensinamento ao feminino que a vida me quis transmitir.
E, se estou a ser convidada a fazer isto, ou seja, a escrever sobre estes aprendizados num blog, superando uma resistência imensa de partilha de algo tão pessoal e íntimo que, assim me diz a minha mente, valeu pra mim e ninguém mais se beneficia com isto...
Aprendi o suficiente para perceber que, se há o apelo, é porque alguém estará a precisar de ouvir estas palavras que descrevem esta experiência profundamente transformadora, portanto vou ceder à voz da minha alma, na esperança de que a seguinte mensagem possa cair como semente na terra fértil de outras almas e fazer germinar flores de transformação. E eis os grandes ensinamentos que extraí de todo este processo e que hoje posso ajudar outras pessoas que passam por situações semelhantes a assumi-los para a sua experiência no acompanhamento personalizado e em grupo.
1. Atravessa os teus lutos com amor
Compreendi que o útero faz parte do sistema do segundo chakra, o canal energético responsável pela troca de afetos, pela nossa conexão com a vida e com as emoções, da materialização.
Nós, mulheres, alojamos as pessoas que amamos, não apenas no coração, mas também no nosso local onde acolhemos a vida que geramos, onde a mãe acolhe e gera o novo ser humano, e não são apenas crianças que se alojam no útero, mas também todos os nossos processos e projetos pelos quais temos amor.
Dei-me conta de quantas mortes houvera na minha vida, quantas despedidas, quantos sonhos sepultados, quantos desejos frustrados, quantos afetos rejeitados ou escorraçados que eu tinha aceite, processado mentalmente, mas nunca havia feito o seu sepultamento energético.
Não me havia permitido o tempo, o espaço de fazer luto, queria e precisava de funcionar e, impulsionada pelo ambiente e pela sociedade, achava que iniciar imediatamente processos novos seria a única forma de superação (a ferida da mordida de um cão cura-se com a lambidela de outro) ...
E todos os sonhos que morreram, os ciclos encerrados que me magoaram, as memórias de dor não perdoadas na profundidade seguiram comigo como energia morta que carreguei no meu útero e em outros locais do meu corpo, assim como em outras dimensões.
Atravessar com amor os nossos lutos e as nossas pequenas mortes é um processo de limpeza vital que nos permite o vazio fértil e, com isso, entramos no próximo ensinamento.
2. Abraça o vazio
Conforme já descrito acima, senti-me durante muito tempo após a cirurgia a mergulhar num vazio total... Havia o vazio físico que os meus intestinos foram preenchendo ao se realojarem (processo tremendamente doloroso, mas relativamente breve face ao restante preenchimento).
Sentia-me cheia... de tanta coisa... Dor, cansaço, raiva, frustração, culpa, medo, ETC. E ao mesmo tempo cheia de nada, de coisa nenhuma, de um vazio assustador. E foi precisamente no estar cheia de nada que veio o aprendizado.
O cálice de acolhimento da abundância não pode ser preenchido se já estiver cheio... Enquanto estiver cheia e a transbordar das minhas mortes, das frustrações e dos medos, dos receios, ressentimentos perante mim mesma ou outros ou cheia de pilhas de dúvidas, nada poderá entrar, nem mesmo a abundância, nem mesmo o amor divino, nem mesmo o entendimento e todas as demais ferramentas necessárias.
Estar cheia de nada pode significar estar cheia de tudo, se abraçarmos o vazio, pois abrimos a porta para que entre a transformação, a renovação da vida. Não, um ventre vazio não é estéril nem morto, é tão fértil quanto antes, embora a vida que entre e se processe nele o faça de outra forma em relação ao que o faria antes.
3. Renova o compromisso contigo
Após soltar e permitir a sanação das feridas que nos levam a abraçar o vazio, vai acontecer renovação, mudança. És ainda tu mesma, com a tua essência, mas ganhas nova identidade, novo corpo, novos hábitos, novas necessidades, prioridades, limites e possibilidades.
Após desenvolveres métodos para renasceres em amor, é preciso conheceres-te de novo e estabeleceres contigo um renovado compromisso de lealdade, amor, respeito por ti mesma.
Talvez seja até a primeira vez que o fazemos; pois, se é verdade que aprendemos muito sobre esses valores face a outros seres, não é tão frequente aprendermos a viver esses valores face a nós mesmos e, no feminino, é ainda mais notória a tendência e a facilidade com que nos “sacrificamos” para prestar o melhor face a outros e nos descuidamos.
A renovação do teu compromisso de amor e lealdade contigo na tua nova identidade permite-te criar e estabelecer abundância que vem desde ti e a partir de ti, tu em conexão com as fontes da vida. Tu num caminho aberto de via de mão dupla com o sagrado que rege a tua existência e que pauta os teus valores.
Não, não passei a ser apologista de histerectomias, não passei a acreditar que é um processo pelo qual devíamos passar ou que é uma brincadeira de crianças, de todo.
A verdade é que o que eu passei, sim, a acreditar é que, se é verdade que ninguém nos prepara para determinadas consequências, também é verdade que poucos te preparam para ações que as evitem.
E não está nos manuais regulares de instruções escolares, seja de que área for, aprender a empoderar-se, a amar e honrar lutos, a sanar feridas de alma, a abraçar o vazio, a ver o nosso corpo como alojamento da nossa alma e de outras dimensões do nosso ser humano e não como simples máquina material que garante a nossa sobrevivência.
E não é muito frequente aprendermos a lidar com perdas e rejeição, a respeitar a nossa união e ciclicidade com a natureza, a harmonizar o nosso espiritual com o nosso corpo, o feminino em nós com o masculino em nós.
Não nascemos com um manual de instruções associado, nem o mundo se preocupa muito com coisas que não são materiais; mas, ainda assim, nós nascemos todos dotados com capacidade de consciência, com dons peculiares, com livre arbítrio e com acessos a códigos de abundância que não moram no exterior, mas dentro de nós.
Cada pessoa é um mapa do tesouro e também o próprio tesouro e, caso assumamos escolhas evolutivas, podemos ter acesso a todo esse aprendizado, porque a vida é pura sabedoria transcendente.
O meu vazio foi preenchido com muitas coisas, mas destaco entre elas uma energia inesgotável de amor e também o desejo de que cada pessoa que priva com a minha energia das mais distintas formas possa escolher amar-se.
sábado, 2 de março de 2024
A vida pede... - Ativação do portal 3
Já tentaste negociar com a vida, com Deus, com o universo? Já tiveste alguma vez ou mais de uma vez aqueles momentos de tentar negociar: “vida, dá-me isto, dou-te aquilo.”?
Podemos argumentar: “mas como vou negociar com a vida se ela é que tem tudo e eu não tenho nada?... Ela dá se quiser e eu, o que tenho para dar em troco?”.
Hoje, venho dizer-te que a vida pede... E ela não pede nada que não possas dar. Ela pede permuta, ela pede que sejas generoso/a com os dons que ela te dá.
A vida pede a tua criatividade e a tua capacidade de amar incondicionalmente
Porque ela te dá o seu máximo de potencial de amor.
A vida pede a tua coragem e a tua determinação total...
Porque ela te entrega a sua coragem para que nenhum caminho te esteja vedado rumo à abundância.
Ela pede a tua sabedoria de alma... para que saibas escolher as tuas batalhas e assumir as tuas escolhas com bravura...
Porque ela teve a sabedoria de te amar incondicionalmente, de te escolher e de prover para que tivesses capacidade de curar cada uma das tuas feridas e fazer delas o acesso por onde entra a grande luz.
Ela toma-te nos braços e carrega-te, dá-te colo e espaço para sanar...
Por isso, ela pede que te dês o teu melhor, e te disponibilizes para chorar com os que choram e suster a vulnerabilidade dos seres que te rodeiam.
A vida pede-te que sejas autenticamente, poderosamente, amorosamente, irrevogávelmente, expressivamente, inapologéticamente, criativamente tu mesmo(a).
Ela diz-te: “estou aqui para te servir, estou aqui para te nutrir, para te dar acesso aos recursos que eu mesma te dei, porque te amo. Em troca, só te peço que me vivas e sirvas aos semelhantes, porque todos são teus semelhantes, dando-lhes e dando-me tudo que te dei.”.
Nunca te esqueças de quem tu és.
sábado, 17 de fevereiro de 2024
Manifesto de gratidão a relações de abuso
Dirijo este texto à vida, aos leitores prezados do Blog Visão da Alma e a todos que desejam escrever algo semelhante. Dirijo este texto à minha própria História de vida, a mim mesma e a todas aquelas pessoas com as quais me relacionei ao longo da minha vida, especialmente às pessoas com as quais atravessei relações de abuso.
Trata-se de uma carta de reconhecimento, gratidão, de um ato de libertação e perdão a eles e a mim mesma.
E trata-se também de um manifesto de empoderamento, pois aprendi a assumir apenas a parte de responsabilidade que eu tenho e a deixar ir as responsabilidades alheias.
Houve três grandes relações de abuso na minha vida, sendo que uma sucedeu na infância, outra se manifestou como a minha primeira relação amorosa e a terceira era uma relação de suposta amizade que se desenrolou entre 2014 e 2015.
A partir de agora, vou dirigir o texto a estas três pessoas.
Levei algum tempo até descobrir o denominador comum entre vocês três, caríssimas pessoas. Hoje sei que os nossos encontros se deram em momentos em que eu:
- me encontrava vulnerável e em estado de carência emocional;
- carecia de auxílio material e logístico;
- sofria doenças agudas provocadas pelas minhas feridas emocionais e de alma, e buscava desesperadamente soluções eficazes;
- estava certa de que só uma circunstância ou pessoa externa a mim mesma me poderia libertar dos problemas referidos acima.
Sei hoje também que havia sinais de alerta que não consegui ver; não porque não queria, mas porque a minha visão interior estava nebulosa e ofuscada pelas carências (vejam publicação anterior sobre missão e visão).
A minha alma buscava vias de cumprir a sua missão e, nos momentos em que nos encontramos, ela achou que tinha as soluções, ou seja, que encontrara pessoas nas quais ela não só podia confiar, mas também ela podia amar, cuidar, curar, nutrir e fazer todo tipo de partilhas.
Hoje sei também que não há culpa nisto: não foi por uma questão de culpas que eu não discerni o que era para ter sido detectado, mas porque, se estas situações não tivessem ocorrido desta forma, haveria aprendizagens sobre mim mesma que eu não teria feito até hoje e, portanto, mais situações semelhantes surgiriam e mais pessoas como vocês seriam atraídas ao meu campo energético.
Sei hoje que não sou responsável pelos abusos que cometeram, mas responsável pelo aprendizado que retirei para que vocês pudessem sair da minha vida e para que a minha correspondência energética fosse de um nível diferente.
Quando nos encontramos, estávamos todos num nível muito inferior da nossa evolução. Vocês traziam a vossa História, os vossos traumas, as vossas perdas e lutos não chorados, as vossas frustrações e as vossas esperanças, as vossas projeções e os vossos medos, as vossas capacidades e carências.
Estávamos todos no triângulo de vítima, agressor e salvador; ou seja, sentíamos que havíamos sido prejudicados por alguém ou algo, que éramos seres incapazes de mudar essa situação e que apenas circunstâncias externas nos poderiam salvar. Eu achava que havia encontrado isso em vós e o mesmo pensastes vós de mim.
Quando os comportamentos abusivos se desenvolveram, criamos laços de dependência entre nós. Dependência emocional de ambas as partes, pois eu nutria afeto genuíno por vós e vós, ainda que de forma talvez não saudável, também o teríeis por mim. Dependência física da minha parte, dependência energética de ambas as partes.
Como tudo que é abusivo, até que a tomada de consciência disso acontecesse, vivemos num beco sem saída, pois ficamos incapazes de pôr termo à relação e com a convicção de que nada poderia ser diferente.
Quando a tomada de consciência sucedeu, veio a dor, a raiva, o medo, os vínculos de dependência mútua tomaram formas imensas e, depois, havia sempre aquela esperança de que tudo mudasse, de que os comportamentos abusivos sessassem, de que viesse um fator salvador.
A desvinculação e o final das relações entre nós foram inevitáveis e foi preciso atravessar noites escuras e mares de dor muito profundos, que levaram a novas tomadas de consciência e fizeram com que atravessássemos vários estágios até a superação.
Hoje, sei que tudo foi como tinha de ser. Isto não significa que vos retiro a vossa responsabilidade pelos vossos atos e comportamentos abusivos. De modo algum. Essa responsabilidade é vossa, e desconheço como lidaram e lidam com ela até hoje. Mas retiro-vos a minha parte de responsabilidade e essa consiste em deixar de ser vítima.
Não sou vossa vítima nem vossa presa fácil, não sou e nunca fui merecedora do que aconteceu ou culpada por isso e sei hoje que ninguém de vós veio à minha vida para me salvar de coisa nenhuma, não era essa a vossa função no meu caminho.
Vossa função nem tampouco era a de serem receptores dos meus afetos e não poderiam, nem deveriam, ter sido salvos ou curados por mim, pois eu não sou nem era objeto de compensação ou projeção para as vossas dores e necessidades. Reconheço hoje que havia um plano maior que nos fez cruzar caminhos, um acordo de aprendizados.
Com vocês aprendi a reconhecer o que trazia nas minhas sombras e que me levou ao nível energético que me fez atrair seres como vós ao meu caminho.
Portanto, todos os meus padrões de assumir responsabilidades alheias, carência afetiva, bloqueios de rejeição e abandono, culpa, medo, dúvida, apego e baixa autoestima me conduziram até vós.
Com o que nos aconteceu, aprendi que os únicos seres capazes de nos salvar somos nós mesmos e que até a intervenção divina tem de ser permitida por nós para que ela consiga auxiliar-nos com toda a sua amplidão.
Aprendi que não preciso de ser vítima, nem agressora, nem salvadora de ninguém.
Aprendi que a única coisa que serei sempre é uma alma que doa e recebe, serve e é servida, respira, inspira, se contrai e se expande na sua relação consigo mesma, com os outros e com o divino, e cujo objetivo é conviver em laços saudáveis, que não sejam de dependência, mas, sim, de interdependência com outras almas inteiras e responsáveis.
Hoje sei também que todos nós fizemos aprendizado pelo mesmo caminho de sombras, ou seja, todos fomos treinados e influenciados para nos tornar agressores, salvadores e vítimas, e chegamos até a acreditar que só sendo vítimas poderíamos ser escutados e salvos ou que só como agressores poderíamos transmutar a nossa posição de vítima.
Todos sabemos que onde há luz também há escuridão e que a escuridão nos influenciou neste sentido. Sei que sofrestes como eu sofri em outros períodos das vossas vidas, que estais talvez até mesmo a repetir no vosso comportamento padrões que vos aplicaram.
Vós sois responsáveis pela vossa evolução, pois a decisão de permanecer nessa roda, nesse comportamento, nessa crueldade, é vossa.
A minha responsabilidade consiste em deixar-vos ir - distanciar-me de vós não apenas cortando os nossos vínculos, mas também optando por fazer o caminho de cura e de me permitir sair da posição de vítima -, identificar os meus aprendizados e dar-me aquilo de que preciso para não depender de vós.
Assumi a responsabilidade de trabalhar, escavar, curar, desbloquear, sanar, limpar, transmutar o que havia na minha luz e nas minhas sombras, no meu consciente e no meu inconsciente, e com isso resgatar tudo de mim que perdi através dos sofrimentos pelos abusos.
Assumi a responsabilidade de mudar a minha realidade interna para não criar realidades externas que não sejam dignas de mim na minha nova identidade.
Levei tempo, levei anos de investimento em mim, precisei de trilhar vários caminhos, precisei de grandes mergulhos na minha própria alma para que me fosse possível escrever-vos estas palavras.
E, sim, a jornada continua, pois atrás de cada camada de desbloqueio existem outras camadas mais profundas que o pedem, e cada desbloqueio abre também novos portais de sanação e potencial luminoso. é o mergulho nas sombras que nos permite a ascensão maior rumo à luz.
Reconheço a vossa importância para que esses processos se tenham desencadeado. Perdoo-vos e liberto-vos, permito-me empatizar convosco e aceitar o aprendizado que fiz na vossa companhia, cortando assim os nossos laços e despedindo-me de vós em gratidão e com amor pelo processo.
Desejo-vos luz, desejo-vos cura, desejo-vos que possam experienciar evolução. E, sim, há até momentos em que não vos desejo absolutamente nada, mas nunca vos desejo mal algum.
Finalizo este testemunho agradecendo à vida porque me mostrou através de vós como posso ensinar outras pessoas a curar-se de relacionamentos abusivos. Para salvá-las?
Não, pois isso não me compete, mas para mostrar-lhes como podem encontrar potenciais transformadores de cura dentro de si mesmas aplicando os paços que fiz em mim e os paços da cura quântica da sua energia, para que possam resgatar o seu potencial máximo e fazer isso face a cada desafio da sua vida.
Pela nossa evolução em luz,
Cris Carvalho.
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024
Diálogo entre a alma e o amor
Amor: - Olá! Eu sou o amor. Muito prazer.
Alma: - Fico tão feliz que me concedas esta entrevista... Afinal, és o maior desejo e o maior desafio de todos, o tema mais cantado e tratado na poesia, na música e em todo o reino das artes... Conta-me: quem tu és realmente?
Amor: - Sou a força motriz maior do universo, aquela energia pela qual tudo se cria. Falam tanto de mim porque sou omnipresente; mas, ainda assim, sou um grande mistério, pois vou muito para além do amor romântico, que é uma das minhas facetas, embora tenha muitas mais.
Sou a força que criou tudo o que existe e sou o único laço e o vínculo perfeito de união entre as forças polares. Por meu intermédio, existem amizades e laços de família; mediante mim, existe o laço que une o divino ao humano; e foi por mim que veio ao mundo a luz e a possibilidade de transcendência e cura.
Alma: - Pode-se então dizer que tu és a expressão de Deus?
Amor: - Provavelmente sim, seja qual for a concepção que as pessoas têm de Deus. Dão-me muitos nomes e a ciência tenta explicar-me, pois sou um poder transcendente e não palpável que se manifesta tanto no visível quanto no invisível. Assim, não estás equivocada se me vês como a expressão e a essência do divino.
Alma: - Eu acho que entendo. Há quem argumente que, se tu existisses mesmo, não haveria tanta desgraça na terra, mas acho que isto é parte do teu mistério... Podes explicá-lo um pouquinho?
Amor: - Digamos que nem sei se sou tão misterioso assim... mas pode ser importante compreender as minhas funções.
Alma: - Era aí mesmo que queria chegar, amor... Qual é a tua função? Para que serves? Sabes, eu tento compreender-te desde que nasci; tu fascinas-me desde que comecei a pensar e a criar consciência... Quero viver em ti, por ti e para ti.
Sinto que és o meu único verdadeiro caminho, a única via que me faz verdadeiramente sentido, mas não vou negar que... chego a perguntar-me se teu sou sempre espelho e reflexo, e se construo pontes ou se apenas abalo as estruturas que não têm uma verdadeira base em que se sustentar.
Quero entender isso tudo direitinho; mas, aqui neste texto, explica-me isto do amor romântico: será que alguma vez alguém vai compreender como funcionas no amor romântico?
Amor: - Na verdade, funciono como em todas as minhas outras facetas: crio a ponte.
Alma: - Existe algo como uma receitinha mágica para os romances serem bem-sucedidos?
Amor: - Desde que tentes compreender a minha essência, pode existir uma receita que funcione, sim. Ela passa por três aspetos: o primeiro pilar será constituíres uma relação estável contigo mesma, pois o amor-próprio é a base onde pode assentar um amor romântico feliz.
Alma: - Por que será que o amor-próprio é tão difícil de alcançar por vezes? E por que é tão importante?
Amor: - Por causa da união suprema.
Alma: - O que é a união suprema?
Amor: - A lei da criação diz que a energia feminina e a energia masculina devem-se unir para criar nova vida. 1 + 1 = 3: um feminino mais um masculino gera três - ou seja, masculino saudável, feminino saudável e a nova vida, vida esta que pode ser ou não um novo ser humano, pode ser todo o tipo de nova criação que advenha da união suprema.
E, se a união suprema tiver entre o seu laço a energia divina, torna-se indestrutível.
Alma: - Pois... É, acho que entendi. Feminino mais masculino dá bebé, em toda a natureza, seja entre pessoas, seja entre animais, seja entre plantas. Mas como se aplica isso ao amor-próprio?
Amor: - Em cada ser existem as duas energias, os polos feminino e masculino. Sendo mulher, tens energia feminina e masculina; sendo homem, também tens energia feminina.
Alma: - Faz sentido... E como reconheço o meu masculino e o meu feminino?
Amor: - Explicando de forma resumida, o teu feminino é a alma - os sonhos, a visão, o desejo, a sabedoria... a força que prepara, nutre e cuida. É a voz da tua alma que expressa os teus desejos e as tuas ânsias mais íntimas. É também a força que te liga à terra, às profundezas das águas, ou seja, que te conecta com a materialização dos desejos de alma. É também o teu lado vulnerável, por vezes instável, pois rege-se pelo sentimento, e é a tua capacidade de morrer e renascer.
Alma: - E o meu masculino?
Amor: - O masculino é a capacidade de dar direção, foco, discernimento, estratégia, pragmatismo, decisão e manifestação. É a força que te liga ao céu, de onde vêm orientação e clareza, onde há a objetividade necessária para dar segurança ao feminino em ti e fazer acontecer os desejos expressos pelo feminino.
É a força que vai introduzir no mundo a missão da alma, e que sabe suster o feminino na sua intensidade e dar-lhe segurança nas suas forças e nas vulnerabilidades.
Alma: - Acho que agora entendi... Então, o amor romântico é reflexo...
Amor: - Sim. Os parceiros que vêm à tua vida são espelho do teu masculino e do teu feminino interno.
Alma: - Então estas coisas de chama gémea e alma gémea...
Amor: - Essas coisas também vêm de outra área na qual entramos já em outros diálogos; mas, sim, a alma gémea é a mesma alma que encarna em duas pessoas diferentes e a chama gémea nada mais é do que a chama dos lados feminino e masculino da tua alma partilhada com outra alma.
São reflexos e espelhos de ti, o que não significa que sejam pessoas iguais a ti: são pessoas diferentes e completas, assim como também tu és um ser completo. Quando vem a chama gémea, ela vem para que tu e ela acrescentem algo à vida uma da outra, partilhando uma chama e um amor.
Alma: -E o porquê de tantas confusões? Por que carga de água temos de sofrer tanto por amor, quando tudo poderia ser tão simples, e por que vivemos relações nas quais não estamos com a chama gémea, embora pensemos por vezes que sim?
Amor: - Porque temos de evoluir e nos preparar. Lembra-te da minha função, criar pontes entre ti contigo mesma, entre ti com os outros e entre ti com o divino. O divino ama-te, gerou-te em amor e por amor. Mas as almas vêm com vulnerabilidades, trazem consigo coisas não resolvidas.
Precisam de identificar e curar o que não está bem entre elas com elas mesmas, identificar e curar as suas feridas, os seus medos, ajustar conclusões que por vezes tiraram sobre si mesmas na infância ou até em outras vidas, devido a acontecimentos da vida.
As pessoas com as quais convives são também sempre espelhos que te ajudam a compreender coisas sobre ti e todas elas são, de certa forma, teus mestres, pois são enviadas ao teu caminho para que possam aprender algo contigo e tu, algo com eles, algo sobre a vida, sobre Deus, sobre ti mesma.
No caso específico do amor, achas que seria possível o encontro entre as chamas gémeas sem que antes haja aprendizado já feito?
Alma: - Exatamente. Talvez até fosse possível, mas talvez não fosse reconhecido como tal e...
Amor: - Isso, e o aprendizado evolutivo não seria feito.
Alma: - E, se algo em mim não está bem, acontece tal como na lei hermética da tábua esmeralda: o que está encima, está embaixo, e o que está dentro, também está fora.
Se, por exemplo, não me amo o suficiente ou me recrimino e me culpabilizo por tantas coisas; se, em uma determinada fase da minha vida, fui maltratada ao ponto de acreditar que não mereço ser amada e outras conclusões tais que a minha mente e a minha alma tiraram, então o que eu atraio é...
Amor: - Isso. Atrais situações que espelham essas mesmas conclusões ou parceiros que estão também a vibrar nessa frequência e te fazem sentir isso para que identifiques o padrão dentro de ti.
Alma: - Faz sentido, claro que faz. Muitas coisas na minha história de vida começam a fazer todo o sentido. Mas... a evolução acontece sempre?
Amor: - A vida traz as coisas; mas, enquanto não fazemos uma escolha evolutiva que consiste em identificar, curar e transmutar o padrão, estagnamos na evolução e os antigos padrões repetem-se, ainda que em situações e linhas de tempo diferentes, com pessoas diferentes, até que uma mudança interior evolutiva seja feita.
E essa decisão vem de dentro de ti, da união suprema entre as tuas forças polares e do divino que entra em ação para curar.
Alma: - De quem é a responsabilidade quando estamos num padrão negativo?
Amor: - Cada um é responsável pelas suas ações e escolhas. O parceiro tem a responsabilidade de te amar e de te respeitar, de cuidar de ti como parceira, mas não a de resolver por ti os teus padrões negativos.
Sempre que te encontras numa relação tóxica ou abusiva, é a ti que cabe a responsabilidade de querer identificar e transmutar o que há em ti que precisa ser curado com esta situação. Aí está a diferença entre a vitimização e a soberania da alma, tal como já falamos...
Nas relações românticas entre chamas gémeas ou não, mas que funcionem bem, as almas são completas e responsáveis, elas assumem cada uma a sua responsabilidade por si mesmas e a parte da responsabilidade que lhes cabe pela outra alma.
Alma: - Concluindo e baralhando😊: se eu tiver feridas no meu interno masculino ou feminino, ou outras feridas das emoções ou da alma que preciso de curar, tendo a atrair amigos, parceiros e até familiares que me mostram isso de alguma maneira, por meio do seu próprio comportamento e das suas feridas.
E, se as responsabilizar na totalidade por isso, estou a evitar identificar o meu processo e a "delegar" a minha cura para o outro. Uma vez que as pessoas são meus mestres conscientes ou inconscientes, cabe-me reconhecer, curar e transmutar as minhas feridas para evoluir.
Portanto, tendo a minha alma cada vez mais saudável e tendo cada vez mais saudável a relação interna comigo, do meu masculino com o meu feminino internos, mais resultados manifestos e mais tendo a atrair para o meu caminho relações saudáveis de amor. É isso?
Amor: - É isso.
Alma: - Só mais uma coisa: se estivesse numa relação saudável, mas que não identificasse como sendo com minha chama gémea, não a deveria sustentar?
Amor: - Cada relacionamento é valioso e importante, seja ou não de chama gémea. Cada encontro na vida, seja amoroso, familiar, laboral, de amizade, de que natureza for, tem a função de acrescentar algo e, para que acrescente algo, faz parte do processo evolutivo da vida.
Alma: - Quer isso dizer que não é tão importante, no amor romântico, descobrir a chama gémea?
Amor: - Pode sim ser um processo importante para a tua evolução, pois pode ser uma poderosa potência na tua vida relacionares-te com a manifestação exterior das chamas da tua alma; mas, antes de tudo, esse processo tem de acontecer dentro.
Tens de viver profundo resgate do teu conhecimento, do teu amor-próprio, das tuas forças primordiais e do amor que o divino sente, sentiu e sentirá inabalavelmente por ti desde o momento da tua primeira concepção. O resto virá por acréscimo e os meus misteriosos caminhos, traçados com sabedoria, conduzirão à evolução transpessoal que desejas.
Se eu não te amasse
Se não te amasse tanto, tão perdidamente, tão infinitamente, Se não soubesse quanto te amar me expande, Não saberia como amar-me, Não ...
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Se não te amasse tanto, tão perdidamente, tão infinitamente, Se não soubesse quanto te amar me expande, Não saberia como amar-me, Não ...
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Introdução Olá, gente! Para quem gosta de ler, essa é uma adaptação do áudio publicado como podcast . Hoje, vim escrever este conteúdo para ...