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sábado, 4 de março de 2023

Propósito de vida: como posso saber qual é e se vivo de acordo com ele?

Uma das perguntas com as quais me deparo mais frequentemente ao longo da minha experiência de todas as fases da minha vida é: qual o meu propósito de vida? Será que estou a viver de acordo com ele?

A descoberta do propósito de vida, da missão de vida, do porquê de estarmos aqui e a demanda sobre “de onde viemos e para onde vamos” tem sido uma profunda preocupação dos seres humanos há Séculos, e elas deram origem à filosofia em todas as suas vertentes.

A possível subjetividade da questão

Talvez possa até ser subjetiva esta questão, pois cada pessoa vê o propósito de vida como algo distinto.

Para uns, será a busca da profissão certa, cuja descoberta se centra muito em descobrir as capacidades das pessoas e os seus comportamentos. Exemplo: tu falas vários idiomas, és assertivo, tens aptidões de comunicação, então poderias ser um bom professor/professora.

Para outros, a questão sobre o seu propósito de vida gira em torno da sua religião, da sua espiritualidade ou do ambiente cultural em que cresceu. Exemplos disso: Deus criou-me ou chamou-me para ser pai/mãe, ou para seguir o caminho do sacerdócio.

Ou então: pertenço a uma determinada casta (sociedades hindus ou algumas culturas africanas), então tenho de fazer o que está de acordo com a minha casta/posição social.

Ou ainda: o meu pai/avô tinha esta profissão, e o meu propósito de vida será dar seguimento ao trabalho deles, tomar conta da sua empresa, ETC.

Fatores externos

Todas estas formas de analisar o propósito de vida são consideradas como exteriores, ou seja, elas vêm de fora, da família, da sociedade, do estudo vocacional/comportamental.

Fatores internos

Contam também os chamados fatores internos: o que eu gosto de fazer? O que me motiva a fazer o que gosto de fazer? Qual o sentido por trás do que gosto de fazer, e para quê/quem o quero fazer? 

Situações conflitantes

Os fatores interiores e exteriores podem por vezes entrar em conflito.

Exemplos: o estudo vocacional que fiz indica que eu tenho tudo para ser uma excelente gestora de empresas; mas, na verdade, o que eu gosto mesmo é de cuidar de pessoas.

Ou: gostaria de estudar medicina veterinária e cuidar de animais, mas o meu pai tem uma empresa de construção civil, e eu até gosto de ajudá-lo nesse trabalho, mas... gostaria de cuidar de animais porque me preocupo com o bem-estar deles e me fascina entender como funcionam os seus organismos.

São estes exemplos de como aquilo que dá sentido à minha vida pode entrar em conflito com o que esperam de mim.

Além disso, a vocação ou propósito de vida envolve aspetos que não são do fóro profissional. Passa também por assuntos relacionais. Exemplos: terei “Vocação” para casar-me ou para ficar solteiro? Tenho "vocação" para ser pai/mãe? Que espécie de amiga ou amigo estarei "destinado" a ser?

Posso sentir que tenho "Vocação" para viver numa união a dois com outra pessoa. Mas se a minha vida amorosa tem sido difícil e eu não encontro "A pessoa certa", estarei equivocado e então o meu propósito não é viver uma relação feliz?

Já percebemos então que a pergunta "Qual é a minha missão, o meu propósito de vida?" pode ter múltiplas respostas que frequentemente podem ser conflitantes entre si, dependendo dos fatores envolvidos, das diferentes formas de análise e até mesmo de quem ajuda nessa busca.

Exemplo: o professor pode ter uma opinião totalmente diferente do pai. O psicanalista pode dar-te respostas diferentes que as que te daria o pastor ou o guia espiritual da tua comunidade religiosa. E dentro da tua própria alma, mente e espírito, há respostas diferentes que variam conforme a fase da vida, a idade, o estado de espírito, as condições externas, ETC.

Haverá então uma resposta para esta pergunta? E haverá modos certos ou errados de descobrir qual o nosso propósito de vida?

Eu diria que todos os métodos de busca são válidos e que se podem até mesmo completar entre si.

Podem também ser de grande importância as opiniões e partilhas de pessoas que nos ajudam nesta busca, pois cada pessoa terá perspetivas diferentes.

No entanto, a primeira pessoa que deves consultar nessa empreitada és tu mesma, e uma das metodologias que me faz mais sentido é a psicologia positiva e os seus pilares da felicidade.

Pôr em prática este conjunto de cinco pilares pode não só levar-te a compreender qual é o teu propósito de vida, como também ajudar-te a perceber que a identidade é algo flexível, e que o teu propósito de vida pode ter uma essência, mas também pode passar por mudanças e alterações de acordo com as mudanças da tua identidade ao longo do percurso da vida.

Os pilares da felicidade

sol sorridente
Pixabay

A psicologia positiva foi desenvolvida como um conjunto de métodos e práticas que visam levar as pessoas a altos níveis de felicidade multidimensional.

Na psicologia positiva atual, trabalha-se com os pilares que têm a sigla "Perma" e passarei a resumir de forma simples e breve as letras desta sigla e o que elas querem dizer.

•P: positive thinking (pensamento positivo);

•e: engajamento (compromisso com o que fazemos, amar o que fazemos);

•r: relacionamentos positivos;

•m: meaning (significado);

•a: accomplishment (Realizações).

Muito há que dizer sobre estes pilares e a forma como eles são utilizados e trabalhados em várias áreas, inclusivamente na motivação de equipas de trabalho. Mas para mim, aqui neste artigo, conta o trabalho dos mesmos na descoberta da missão e propósito de vida.

Portanto...

•pensamento positivo - aquilo que queres ser/fazer na vida é propício para te criar emoções e pensamentos positivos? Descobre o que te dá pensamentos e emoções positivas!  (falaremos mais sobre positividade futuramente neste blog, assim como dos outros pilares).

•Engajamento - aquilo que queres fazer/ser motiva-te, sentes paixão por isso, poderias estar a fazer isso o dia todo sem que te sentisses exausto, dá-te prazer? Descobre o que te faz sentir engajado!

•Relacionamento positivo - com toda a certeza, a tua missão de vida passa por teres relacionamentos felizes que acrescentam valor à tua vida (amizades, amores, relações familiares, relações laborais). Constrói e preserva os relacionamentos positivos!

•Significado - o que tu fazes e és tem um significado. Fazemos tudo que fazemos por uma razão, ou várias razões. O que significa para ti aquilo que fazes? Descobre tudo o que sentes que te faz contribuir para algo, para um mundo melhor, para uma humanidade melhor, para um ambiente melhor... enfim... aquilo que faz com que te levantes da cama todos os dias!

•Realização - pensa naquela sensação de missão cumprida e o que ela te faz sentir. Quando realizas pequenos objetivos na tua missão de vida, sentes-te assim... com a sensação de realização (eu consegui concretizar este objetivo, obter este resultado, lançar esta ideia, fazer este negócio). Materializei o meu sonho.

Descobre tudo aquilo que te faz estar com mais permanência a trabalhar nestes pilares que levam ao patamar seguinte de felicidade.

Saberás que encontraste o teu propósito de vida quando encontrares as atividades e o estilo de vida nos quais podes aprimorar-te permanentemente nestes pilares.

Se tudo o que fizeres contribuir em cada dia para alcançares mais um patamar de bem-estar teu e das pessoas que te rodeiam e com as quais interages, saberás que estás a viver de acordo com o teu propósito de vida, e encontrarás as ferramentas necessárias para superar desafios e avançar mesmo quando há situações conflitantes dentro de ti e no teu entorno.

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