sábado, 24 de junho de 2023

Agradecimentos e manifesto de novo ciclo - 41 anos

Cris numa piscina
Escrevo esta publicação em pleno dia do meu aniversário, será o meu primeiro ato no novo ciclo dos meus 41 anos de vida.

Para mim, esta data corresponde ao meu ano novo e é nela que faço as minhas reflexões mais profundas, assim como a lista de sonhos e objetivos e a revisão de tudo o que consegui e o que não consegui realizar no ano que passou, e hoje decidi partilhar parte dessas reflexões contigo.

Sobretudo, assumo perante ti e perante toda a Comunidade Visão da Alma o meu manifesto para a vida que nasci para viver e que estou a reiniciar hoje, pois cada aniversário é uma oportunidade de renascimento.

O meu coração está cheio de gratidão profunda. Agradeço à vida e ao universo, a Deus e a todas as forças cósmicas de luz, e agradeço à minha alma por ter a coragem de cumprir os seus objetivos. Agradeço por toda a força e energia de luz que invoco a mim, proveniente de todas as minhas linhas temporais, que me dá coragem para fazer face a todas as adversidades presentes.

Agradeço aos meus amados pais, que me desejaram, conceberam, trouxeram ao mundo, criaram e instruíram com os seus genes e valores, desde um lugar de incondicional amor, entrega, dedicação, dor e superação, orgulho e sabedoria.

Agradeço-lhes por me darem e ensinarem o valor maior de todos, o amor perseverante e constante, e a resiliência perante a dor e perante as derrotas, para não largar a âncora dos sonhos mesmo quando o mar está profundamente tempestuoso.

Agradeço à minha família, de sangue e de alma; aos amigos; aos companheiros; aos professores, mestres, mentores; a todas as criaturas vivas que me acompanharam na jornada, aos que me acompanham hoje e aos que me acompanharam durante curtos ou longos períodos do caminho.

Agradeço também aos seres humanos que me deram experiências desafiadoras, feridas, desilusões e me fizeram conhecer o abandono.

Agradeço do fundo do coração todo o aprendizado que tive oportunidade de fazer convosco, por sempre acrescentarem algo ao caminho da minha alma, por me ensinarem tanto sobre mim mesma e sobre a humanidade e por me fazerem compreender e assumir a minha parte de responsabilidade sobre tudo o que aconteceu em cada uma das nossas histórias de percurso em conjunto.

Peço que perdoem qualquer transgressão que cometi, assim como eu, do fundo do coração, perdoo cada transgressão sofrida!

Cris segura uma coruja
Agradeço à natureza maravilhosa, minha maior mestra, minha terapia mais eficaz e fonte infinda de recursos por ser isso mesmo, essa preciosa mãe, amiga, companheira de toda a humanidade que, de modo tão amoroso, se recupera e perdoa as feridas, as sana e transforma.

Agradeço-lhe por não desistir dos humanos que fazem parte dela, mas tão pouco a respeitam, e agradeço-lhe por me acolher, resgatar, conceber, parir e ajudar a crescer, por me dar as maiores lições de sempre sobre paz, resgate, transmutação e evolução.

Agradeço a cada lágrima chorada, a cada ferida curada, por curar, por me dar a oportunidade de descobrir mais uma etapa no caminho da abundância.

Gratidão às noites escuras da alma, pois nelas aprendi a valorizar as estrelas, as centelhas divinas e humanas, os pequeninos milagres cotidianos que não param de acontecer no interior e à minha volta.

Gratidão a cada queda, porque me mostrou como não apenas me posso levantar, como também renascer das cinzas e levantar outras pessoas, fazê-las ver que também elas são fénix, capazes de ganharem novas vidas a partir das próprias cinzas.

Gratidão a cada momento de cansaço, pois neles descobri que a cura das feridas não apenas abre o meu caminho, mas que me ajuda a abrir os caminhos de outras pessoas para a sua própria ilimitada abundância.

A piscina onde Cris estava, mas sem ela
Graças a tudo a que acabei de referir, declaro que vou viver toda a minha vida a partir de um lugar de amor sem limites, de gratidão, de harmonia e de paz. Sei para que nasci. Sei que vim ao mundo nesta encarnação para servir todas as criaturas desde um lugar de amor e de autenticidade, de conecção com o divino e com a minha essência.

Vim para jorrar amor onde há ódio, manifestar paz onde há discórdia, semear alegria onde reina o abatimento, ativar fontes de cura e saúde onde há enfermidade, acender luz onde habita a escuridão da alma, semear flores de sabedoria onde há desertos de dúvida, dar abrigo e nutrição a quem tem fome de afeto primordial.

Vim para me tornar instrumento da vida, de Deus, do universo, para que, servindo-se de mim, possa servir todo um mundo de criaturas viventes e congregá-las na família universal que somos.

Decido não compactuar com nada que não esteja alinhado com o caminho de serviço da minha alma, cortar cordões energéticos que me ligam a tudo que intoxica o amor, a evolução e a vida que, como um rio, corre nas veias de cada alma e de cada criatura.

Comprometo-me a ser autêntica em tudo e a procurar tudo que expanda o meu grau de evolução e felicidade, para que possa fazer cada vez mais feliz todo o entorno, todos os que quiserem fazer parte da egrégora de luz que crio à minha volta. Aos que não querem, libertarei no amor, desejando-lhes do fundo do coração toda uma vida de paz.

Comprometo-me a trabalhar incessantemente no desenvolvimento, como ser humano, de mim mesma e de me perdoar as minhas faltas, pois compreendo que a vida não é sobre aquilo que fui, é sim sobre o que me posso tornar. Perdoo todas as faltas de todas as pessoas, porque a vida delas não é sobre o seu passado, mas sobre o seu futuro e sobre o seu presente.

Não me cabe o papel de julgar, nem de condenar.

Sou facilitadora de espaços de sagrada união das sombras e das luzes, do feminino e do masculino em cada um, para gerar prosperidade a partir da alma e construir o paraíso na terra que desejo ver, onde a vida convive e prolifera em harmonia.

Nasci para amar e ser amada a partir do que sou e pelo que sou, em todas as dimensões do meu ser, e responsabilizo-me pela minha parte em tudo que me acontecer.

Recupero e resgato o meu poder pessoal e comprometo-me a ensinar tudo o que sei e tudo o que aprendo, pois o aprendizado compartilhado permite que a evolução do amor e da vida se expanda.

Desejo a cada um dos meus leitores uma vida próspera e agradeço-vos porque me permitem contribuir para que a vida de cada um de nós tenha cada vez mais luz.

Amo, respeito, admiro e honro cada um de vós na sua individualidade e na sua comunhão com o mundo e comprometo-me a prestar cada vez mais e melhor serviço de amor e visão da alma, e prometo amar-me e respeitar-me a mim, trabalhando os meus limites para que o processo evolutivo nunca pare, e juntos possamos recuperar o paraíso da vida em plenitude e união.

sábado, 17 de junho de 2023

O nosso sistema de chakras e as feridas da alma

Introdução

Certamente, muitos dos leitores do blog visão da alma já ouviram falar (uns mais, outros menos), sobre os chakras, o que são e como funcionam.

Hoje iremos defini-los resumidamente, mas o nosso foco será compreender quais dos nossos bloqueios e feridas de alma se manifestam nos nossos chakras, e o que precisamos fazer para alinhá-los e contribuir para que os bloqueios sejam dissolvidos e as feridas, sanadas.

Antes, porém, de iniciar a definição e explicação mais profunda das manifestações dos nossos bloqueios nos chacras, é preciso dizer algo que é extremamente importante transmitir.

Todos nós transportamos feridas de alma conosco e, na próxima publicação do blog, iremos falar sobre feridas de alma e sobre como elas nos mostram o nosso potencial de cura. Para já, no entanto, é preciso que saibas que cada ferida é uma oportunidade.

A descoberta das tuas feridas leva-te a um conhecimento de ti mesmo e, à medida que as feridas se manifestam, a vida pede que sanes cada uma das feridas e dos bloqueios para poderes descobrir novos portais de abundância, amor, empatia e materialização de sonhos realizados, para que possas ser feliz e fazer pessoas no teu entorno felizes.

A vida é evolutiva, ou seja, ela nunca para e nunca acaba, apenas se transforma. Vimos ao mundo para contribuir com ele de inúmeras formas - por exemplo, através da nossa profissão ou de atividades sociais.

Para que nos alinhemos com a evolução que a nossa alma vem fazer, para dar o contributo que queremos dar, a vida dá-nos diversos sinais e oportunidades. Algumas destas oportunidades são prazerosas. São aquilo que na cultura japonesa é´designado como os momentos "Satori", ou seja, momentos de prazerosa e deliciosa descoberta.

Aquelas situações em que estamos a fazer ou a participar de algo e há um acontecimento em que nós temos um alegre sentimento de... "Ah! Era isso! Como foi que eu nunca tinha percebido isto antes, que descoberta/conclusão fantástica!". Momentos nos quais há alguma experiência ou novo aprendizado que nos faz todo o sentido e faz-se um "click" iluminado nas várias dimensões.

Depois, há os momentos "Qenzo", como os designa a já referida cultura japonesa, termo que significa literalmente: queimar lentamente.

São as feridas, as dores... O aprendizado feito de forma dolorosa, contrativa ou até mesmo traumática. Momentos de perda, raiva, frustração, profunda dor ou violência perpetrada em alguma ou várias das nossas dimensões, ou as pequenas mortes (interrupções e despedidas) que atravessamos durante uma vida, e as feridas de alma quando partimos da vida sem ter sanado uma dor.

São, por assim dizer, as duas formas que temos de aprender e evoluir na vida: a descoberta prazerosa e a ferida.

Portanto, e conforme já referimo-nos antes neste espaço - no artigo onde falamos dos maiores limites que revelam os nossos maiores poderes -, também neste contexto as tuas feridas são oportunidades únicas de abrir portais de sanação, resgate, redenção e caminhos de abundância que só a tua alma conhece e que funcionam só para ti.

Para que as tuas feridas possam ser transformadas nos teus portais de abundância, é preciso saná-las e, sobre isso, falaremos na próxima publicação. Hoje vou, portanto, mostrar-te já de seguida quais são os lugares no teu corpo que te sinalizam que há feridas por sanar.

O que são chacras?

Os shakras  são centros energéticos distribuídos pelo corpo, originários das escrituras sagradas do hinduísmo. A palavra "Shakra" significa "roda" em Sânscrito; portanto, estes centros energéticos  estão em constante movimento.

Existem sete Shakras principais, embora não sejam os únicos, pois as rodas manifesta-se por diversos canais condutores, designados como "Nadis", por onde flui a nossa energia vital.

Eles Representam os nossos centros magnéticos vitais que fazem parte da natureza sutil do ser humano, por isso têm uma grande influência sobre a saúde, sobre os nossos comportamentos e sobre as emoções, e também sobre a manifestação de resultados na nossa vida (nunca esquecer que somos seres multidimensionais: físicos, emocionais, espirituais, anímicos e energéticos).

Neste texto, concentrar-nos-emos apenas nos sete principais canais energéticos (shakras).

Shakra base

Está ligado ao elemento terra.  Localisa-se no fundo da espinha dorsal (no caso feminino, entre a vagina e o ânus; no caso masculino, entre os testículos e o ânus). É responsável pelas nossas necessidades primordiais, as necessidades associadas à sobrevivência.

Em bom funcionamento, sentimo-nos cheios de ação, impulsividade, criatividade e facilidade em fazer acontecer, realizar trabalhos práticos, manifestar e materializar/concretizar objetivos e sonhos. Quando bloqueado, sentimos o oposto destas sensações.

Neste shakra, manifestam-se os nossos bloqueios e feridas relacionados com o medo e com o ego; portanto, estes são os sinais físicos de que há algo para sanar no Shakra base: cansaço físico e mental, desmotivação, problemas de disfunção intestinal, falta de apetite, falta de líbido, angústia aparentemente inexplicável.

Shakra Sacral

Está ligado ao elemento água e localiza-se ligeiramente abaixo do umbigo. É responsável pela troca afetiva, pelas emoções, pela sexualidade, pelo amor e por todos os aspectos sentimentais.

Quando alinhado e em bom funcionamento, sentimos facilidade em nos relacionar, estamos em equilíbrio emocional, e temos sexualidade prazerosa  e harmonisação entre o que é prático e material com o mundo dos sentimentos (estar bem resolvido), como se costuma dizer.

Aqui se manifestam as nossas feridas e bloqueios relacionados com culpa (própria ou alheia). Sinais de que temos feridas para curar: problemas de saúde diversos, relacionados com o intestino ou com o aparelho reprodutor; dificuldades digestivas; instabilidade emocional; irritabilidade; estados de carência afetiva; excesso ou falta de vontade de conviver com outros seres vivos.

Shakra do plexo solar

Está ligado ao elemento fogo e encontra-se ligeiramente abaixo da Clavícula, na boca do estômago. Ao encargo deste Shakra está o nosso poder pessoal, o ego saudável, a realização pessoal e a manifestação de sucesso no nosso propósito de vida.

Quando em alinhamento e bom funcionamento, estamos em satisfação conosco próprios, sentimo-nos realizados, valorizamos a nós mesmos e o reconhecimento e o carinho que recebemos dos outros, temos um saudável amor-próprio e autoestima.

Aí moram também os nossos bloqueios e feridas relacionadas com a rejeição. Sinais de que precisamos de curar algo: problemas digestivos e gástricos; excesso ou falta de autoestima; Insónia, ansiedade e irritabilidade com coisas aparentemente insignificantes que ferem o nosso ego (alguém fez-te uma coizinha e tu sentes como se tivesse sido uma enorme ofensa).

Shakra cardíaco

Também ele é regido pelo fogo. Encontra-se bem no centro do coração. Aqui mora o nosso centro mais poderoso (a física quântica chegou à conclusão de que reside mais poder nos elétrons do coração do que nos do cérebro). À parte qualquer clichê, este é o canal responsável pelo amor, pela capacidade de dar e receber amor em todas as suas dimensões e manifestações.

Aí moram os nossos bloqueios e as feridas relacionadas com o abandono e com perdas de amor, e sinais evidentes de que precisamos de curar feridas são: problemas de saúde cardíacos; dificuldade em gerir relações amorosas e na digestão emocional de manifestações de amor por parte de outros seres vivos; excesso ou falta de necessidade de relacionar-se.

Shakra laringe

Regido pelos elementos água, fogo e ar. Está localizado na garganta e é o responsável por toda a nossa comunicação, verbal ou não verbal.

Em equilíbrio e alinhado, confere-nos capacidade de transmitir fácilmente a nossa comunicação e de recepcionar as mensagens externas com clareza (fazemo-nos entender e entendemos, como se diria na linguagem popular) e exprimimos com fluidez a nossa verdade interior de modo que se faz entender sem causar mágoa ou dor no interlocutor.

Manifestam-se também aqui as nossas feridas e bloqueios de repressão.

Estes são alguns dos sinais de que pode haver feridas a curar: problemas de saúde com garganta, laringe e cordas vocais; momentos de ansiedade ou raiva que nos afetam a voz (afonia ou descontrole da intensidade da voz, para mais ou para menos); sensações inexplicáveis de ter algo parecido com um caroço na garganta; bloqueios de memória linguística.

São sinais, também, tendências excessivas ou para "falar demais" ou para se "fechar em copas".

Shakra do terceiro olho

É regido pelo éter e encontra-se na fronte, no ponto ligeiramente acima do nariz. Este é o canal responsável pela nossa intuição e pela visão interior, ou seja, "ver" e aperceber-se das coisas que não são explicáveis ou perceptíveis pelos outros cinco sentidos.

Manifesta-se aí a nossa sabedoria intuitiva e, quando este Shakra se encontra alinhado e em bom funcionamento, não só temos uma conexão apurada com a nossa intuição, como também temos facilidade em desenvolver visão criativa (empreendedorismo, artes, espiritualidade).

Para além de empreendedores fazedores, tornamo-nos também visionários e enxergamos claramente aonde queremos e aonde não queremos ir e quais os próximos passos a realizar (clarividência).

É também aqui que se manifestam as nossas feridas e bloqueios relacionados com a dúvida e com a fé/acreditar.

Alguns dos sinais de feridas são:    dores de cabeça, enxaquecas e problemas com as fossas nasais; problemas relacionados com a visão; insónias; hiper ou hipoatividade da mente; insegurança e inconstância; bloqueios aparentemente inexplicáveis da memória (esquecimento ou muitas recordações de memórias antigas); medo do sobrenatural; fobias em geral.

E chegamos ao último dos sete Shakras, o coronário

é regido pelo ar e encontra-se no topo da cabeça.

É o responsável pela conexão com o divino (ou com as forças superiores em que cada um acredite - vida/universo/cosmos -). Mora aí a nossa espiritualidade, ou seja, a capacidade que cada um tem de dar um sentido superior a tudo que nos acontece, e ele nos conecta com o nosso eu superior (Brahman ou simplesmente o nosso melhor eu, o mais evoluído, como lhe queiram chamar).

Quando se encontra em bom funcionamento e alinhamento, sentimos que tudo o que experienciamos e por que passamos tem um propósito maior, estamos harmoniosamente conectados com a força superior em que acreditamos.

No alinhamento dos shakras, está a união equilibrada e fértil entre matéria e espírito, sentir, intuir e fazer, dar e receber, o equilíbrio dos elementos em nós que tornam possível que sejamos alinhados e felizes na vivência de humanidade e espiritualidade (somos seres espirituais a viver uma experiência humana, não somos seres humanos a viver uma experiência espiritual).

Neste canal energético, encontram-se as nossas feridas e bloqueios de apego e sinais disso são toda uma panóplia de sintomas e doenças físicas que estejam relacionadas com todos os Shakras.

Além disso, relacionam-se problemas de saúde encefálicos, dificuldade em abrir-se para situações que não podemos controlar, excesso de sentido de controle, extremo medo ou extrema predisposição para experiências de estados alterados de consciência (experiências de êxtase espiritual, uso de drogas ou cogumelos alucinógenos).

Nota final

Acrescento que óbviamente há muitas explicações somáticas para tudo que referi acima e isso não contradiz de modo algum a ligação destas experiências ao nosso sistema sutil da natureza, pois os problemas, graves ou menos graves de saúde, têm muito mais origens do que as biológicamente conhecidas.

Cris, estás a querer dizer que doenças podem ser manifestações de feridas da alma? Exatamente, podem e, embora sejam precisos vários processos para curar doenças do corpo, e todos esses processos são válidos, há um processo que nunca devemos descuidar: a sanação das feridas da alma, e a transformação delas em caminhos para a tua abundância e felicidade.

Por isso, fiquem atentos ao próximo artigo, que será uma sequência deste, onde vamos falar sobre o que fazer para sanar as feridas.

sábado, 10 de junho de 2023

Quatro degraus – os quatro estágios da consciência humana

 Introdução

Na penúltima publicação deste nosso blog, antecipei que, muito em breve, iríamos falar do despertar da consciência e dos quatro níveis em que a nossa consciência se move.

Vários ramos da neurociência vêm-se dedicando ao estudo do cérebro humano com ferramentas e recursos inovadores e todos eles são unânimes no seguinte ponto: apenas um quarto daquilo que se passa no nosso cérebro é consciente; os restantes três quartos encontram-se no subconsciente.

Portanto, é na descoberta e na exploração do nosso subconsciente que está a chave para descortinarmos o nosso total potencial como seres humanos multidimensionais.

O desbloqueio e a sanação são fulcrais para que possamos ter a vida realizada, feliz e contributiva que ansiamos; pois, a final, as nossas almas vieram ao mundo para isso mesmo e, caso não vivam nesse potencial pleno, elas desenvolvem sintomas crónicos de ansiedade, infelicidade e doenças físicas e das outras dimensões.

Uma vez que muito do que se passa em nós não é consciente, cabe-nos usar criteriosamente a nossa consciência para:

  1. fazer escolhas evolutivas;
  2. despertar a consciência;
  3. colocar a ação e a consciência ao serviço da alma e do subconsciente;
  4. descobrir o que a nossa alma quer;
  5. fazer planos de ação alinhada e inteligente para colocar as estratégias ao serviço da alma (unir o nosso feminino e o nosso masculino interior para manifestar a vida dos nossos sonhos).

Por isso, irá haver muitas publicações no blog e na podcast que irão tratar deste tema e de ferramentas que podemos usar para compreender e utilizar ferramentas que coloquem em prática e a render para cada um de nós estes recursos internos que cada pessoa, sem exceção, possui.

Os degraus

Hoje, no entanto, ficamos no primeiro destes pontos: os quatro níveis de evolução da nossa consciência. Vou nomeá-los e, em seguida, explicá-los de forma resumida. Antes de entrar na explicação, porém, resta referir que, por via da sociedade em que quer nós, quer os nossos antepassados viveram, é natural estarmos no primeiro nível.

Mover-nos para os próximos degraus, ou níveis de despertar, vai depender do trabalho interno e das práticas que usamos para evoluir e é absolutamente natural que não permaneçamos sempre no mesmo ponto da evolução: temos recuos e avanços ao longo da vida que são influenciados pelo nosso estado emocional face às circunstâncias.

Contudo, com constante trabalho de consciencialização e práticas transpessoais, é possível conseguir que sejam mais frequentes as fases de avanço do que as de recuo.

Primeiro degrau: o estágio da vítima

Este é o estado onde a nossa consciência se encontra quando acreditamos que o mundo e a vida nos acontecem. Sentimos que não temos poder algum, que somos as circunstâncias em que vivemos e as crenças em que acreditamos, inculcadas pelo que “se” diz, que a família, o ambiente cultural, os outros dizem.

Neste nível, acreditamos que nada do que acontece é responsabilidade nossa e que somos como marionetas da vida, sem controle algum de como manejar os acontecimentos. Podemos até em alguns momentos achar esse estado confortável (não me adianta tentar mudar nada, porque sou vítima. Nasci pobre; tenho tendências genéticas para este ou aquele problema de saúde; se tenho problemas na escola ou no trabalho, os professores ou o chefe é que são os maus).

Mas, noutros momentos, muitos deles, sentimo-nos presos(as) no desconforto (não importa quão insatisfeito/a estou com a minha vida, não tenho como mudar, estou preso/a ao que outros querem de mim, vivo os sonhos que outros têm para mim e existo apenas para encaixar nas expectativas de quem está à minha volta).

Segundo degrau: estado desperto ou estado masculino

A nossa consciência está aí quando reconhecemos que temos como tomar decisões, sobre a nossa realidade, que podemos tomar ações para manifestar a vida dos nossos sonhos.

Este é o ponto em que despertamos para práticas de manifestação (uso de práticas da lei da atração, tais como visualização criativa, afirmações, decisões). E é também o estado de empreender e tomar ações para moldar a nossa vida interna e externa.

Lado luz deste estado: não nos vemos mais como vítimas e joguetes nas mãos da vida, compreendemos que a vida não só “me” vai acontecer, como que ela também pode acontecer comigo.

Lado sombra: é um estado em que nos focamos totalmente no poder da mente e do intelecto, procurando com exigência imensa a perfeição de fazer tudo da maneira certa para que a vida aconteça da maneira como desejamos.

Terceiro degrau: Estado intuitivo ou feminino: A vida acontece através de mim

Este é o ponto da nossa consciência em que acessamos a nossa intuição, o dom que todo ser humano tem de compreender interiormente as mensagens da intuição e, com fluidez, saber o que deve ou não fazer, por vias que nada têm a ver com a lógica, e sim com o sentir.

É aqui que as nossas escolhas se tornam inspiradas pela alma, as práticas de manifestação se tornam mais leves e prazerosas, e os resultados começam a vir até nós, pois encontramo-nos conectados(as) com o feminino interior, com os portais intuitivos de abundância.

Esse mesmo é o lado luz de nos encontrarmos no terceiro degrau: ao despertámos a ponto de não só não sermos vítimas, também vamos conseguindo os nossos resultados com menos esforço mental, pois é a intuição, não apenas a lógica, que pautam as nossas ações e escolhas. Começa a acontecer magia.

Lado sombra: se estivermos apenas conectados à intuição, podemos perdermo-nos no caminho por falta de ações concretas para materializar os nossos resultados.

Quarto degrau: estado integrado. Eu aconteço à vida

Este é o estado integrativo da consciência, em que o masculino e o feminino, a intuição e a lógica, a ação e a contemplação, o compreender, o sentir e o fazer se equilibram, unem-se e conjugam-se para que possamos fazer acontecer grandes mudanças na nossa vida e no mundo.

É o estado de consciência dos grandes sábios e santos da humanidade, aqueles que, ao longo da história, influenciaram e modificaram o mundo por meio da sua forma de pensar, sentir e agir, e cujos legados influenciaram e influenciam gerações futuras.

Eram pessoas perfeitas? Não. Tinham vidas perfeitas? Não. E tampouco eram pessoas que não tinham de deparar-se com grandes desafios.

A grande maioria das pessoas, na história e na atualidade, que vemos como extraordinárias e legendárias foram pessoas que foram profundamente desafiadas pela sociedade e pela vida, pelas circunstâncias e pelas expectativas que eram nutridas em relação a elas.

Mas, de forma consciente ou não, elas atravessaram estes estágios da consciência, moveram-se pelos diferentes patamares desta escada e foram constantes buscadoras por evolução nas cinco dimensões humanas: física, mental, emocional, espiritual e energética.

Tu és extraordinário/a

Espera aí, Cris... Estás a dizer-me que eu, que tu, que todos nós podemos ser como os grandes sábios, que podemos ter vidas legendárias, deixar grandes legados de luz no mundo? Sim. É isso mesmo que estou a dizer, aliás, que estou a afirmar.

Tu nasceste para ter uma vida extraordinária, tens dons e códigos únicos que te permitem tornar-te um ser humano legendário, conhecido pela tua luz interior, pelo teu amor e por feitos importantes, e para teres uma vida feliz enquanto fazes isso.

Serás feliz porque contribuis, porque sacias a cede de amar e ser amado que há na tua alma, a cede de transformar tudo à tua volta no amor que te habita.

Para que isso suceda, há pequenas grandes ações que podes tomar desde já, tais como a de dedicares a tua vida à constante evolução da tua felicidade e dos que te rodeiam, conhecendo e estudando o manancial de recursos que tens sempre contigo, na tua alma e na tua consciência.

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Se eu não te amasse

Se não te amasse tanto, tão perdidamente, tão infinitamente, Se não soubesse quanto te amar me expande, Não saberia como amar-me, Não ...