Introdução
Certamente, muitos dos leitores do blog visão da alma já ouviram falar (uns mais, outros menos), sobre os chakras, o que são e como funcionam.
Hoje iremos defini-los resumidamente, mas o nosso foco será compreender quais dos nossos bloqueios e feridas de alma se manifestam nos nossos chakras, e o que precisamos fazer para alinhá-los e contribuir para que os bloqueios sejam dissolvidos e as feridas, sanadas.
Antes, porém, de iniciar a definição e explicação mais profunda das manifestações dos nossos bloqueios nos chacras, é preciso dizer algo que é extremamente importante transmitir.
Todos nós transportamos feridas de alma conosco e, na próxima publicação do blog, iremos falar sobre feridas de alma e sobre como elas nos mostram o nosso potencial de cura. Para já, no entanto, é preciso que saibas que cada ferida é uma oportunidade.
A descoberta das tuas feridas leva-te a um conhecimento de ti mesmo e, à medida que as feridas se manifestam, a vida pede que sanes cada uma das feridas e dos bloqueios para poderes descobrir novos portais de abundância, amor, empatia e materialização de sonhos realizados, para que possas ser feliz e fazer pessoas no teu entorno felizes.
A vida é evolutiva, ou seja, ela nunca para e nunca acaba, apenas se transforma. Vimos ao mundo para contribuir com ele de inúmeras formas - por exemplo, através da nossa profissão ou de atividades sociais.
Para que nos alinhemos com a evolução que a nossa alma vem fazer, para dar o contributo que queremos dar, a vida dá-nos diversos sinais e oportunidades. Algumas destas oportunidades são prazerosas. São aquilo que na cultura japonesa é´designado como os momentos "Satori", ou seja, momentos de prazerosa e deliciosa descoberta.
Aquelas situações em que estamos a fazer ou a participar de algo e há um acontecimento em que nós temos um alegre sentimento de... "Ah! Era isso! Como foi que eu nunca tinha percebido isto antes, que descoberta/conclusão fantástica!". Momentos nos quais há alguma experiência ou novo aprendizado que nos faz todo o sentido e faz-se um "click" iluminado nas várias dimensões.
Depois, há os momentos "Qenzo", como os designa a já referida cultura japonesa, termo que significa literalmente: queimar lentamente.
São as feridas, as dores... O aprendizado feito de forma dolorosa, contrativa ou até mesmo traumática. Momentos de perda, raiva, frustração, profunda dor ou violência perpetrada em alguma ou várias das nossas dimensões, ou as pequenas mortes (interrupções e despedidas) que atravessamos durante uma vida, e as feridas de alma quando partimos da vida sem ter sanado uma dor.
São, por assim dizer, as duas formas que temos de aprender e evoluir na vida: a descoberta prazerosa e a ferida.
Portanto, e conforme já referimo-nos antes neste espaço - no artigo onde falamos dos maiores limites que revelam os nossos maiores poderes -, também neste contexto as tuas feridas são oportunidades únicas de abrir portais de sanação, resgate, redenção e caminhos de abundância que só a tua alma conhece e que funcionam só para ti.
Para que as tuas feridas possam ser transformadas nos teus portais de abundância, é preciso saná-las e, sobre isso, falaremos na próxima publicação. Hoje vou, portanto, mostrar-te já de seguida quais são os lugares no teu corpo que te sinalizam que há feridas por sanar.
O que são chacras?
Os shakras são centros energéticos distribuídos pelo corpo, originários das escrituras sagradas do hinduísmo. A palavra "Shakra" significa "roda" em Sânscrito; portanto, estes centros energéticos estão em constante movimento.
Existem sete Shakras principais, embora não sejam os únicos, pois as rodas manifesta-se por diversos canais condutores, designados como "Nadis", por onde flui a nossa energia vital.
Eles Representam os nossos centros magnéticos vitais que fazem parte da natureza sutil do ser humano, por isso têm uma grande influência sobre a saúde, sobre os nossos comportamentos e sobre as emoções, e também sobre a manifestação de resultados na nossa vida (nunca esquecer que somos seres multidimensionais: físicos, emocionais, espirituais, anímicos e energéticos).
Neste texto, concentrar-nos-emos apenas nos sete principais canais energéticos (shakras).
Shakra base
Está ligado ao elemento terra. Localisa-se no fundo da espinha dorsal (no caso feminino, entre a vagina e o ânus; no caso masculino, entre os testículos e o ânus). É responsável pelas nossas necessidades primordiais, as necessidades associadas à sobrevivência.
Em bom funcionamento, sentimo-nos cheios de ação, impulsividade, criatividade e facilidade em fazer acontecer, realizar trabalhos práticos, manifestar e materializar/concretizar objetivos e sonhos. Quando bloqueado, sentimos o oposto destas sensações.
Neste shakra, manifestam-se os nossos bloqueios e feridas relacionados com o medo e com o ego; portanto, estes são os sinais físicos de que há algo para sanar no Shakra base: cansaço físico e mental, desmotivação, problemas de disfunção intestinal, falta de apetite, falta de líbido, angústia aparentemente inexplicável.
Shakra Sacral
Está ligado ao elemento água e localiza-se ligeiramente abaixo do umbigo. É responsável pela troca afetiva, pelas emoções, pela sexualidade, pelo amor e por todos os aspectos sentimentais.
Quando alinhado e em bom funcionamento, sentimos facilidade em nos relacionar, estamos em equilíbrio emocional, e temos sexualidade prazerosa e harmonisação entre o que é prático e material com o mundo dos sentimentos (estar bem resolvido), como se costuma dizer.
Aqui se manifestam as nossas feridas e bloqueios relacionados com culpa (própria ou alheia). Sinais de que temos feridas para curar: problemas de saúde diversos, relacionados com o intestino ou com o aparelho reprodutor; dificuldades digestivas; instabilidade emocional; irritabilidade; estados de carência afetiva; excesso ou falta de vontade de conviver com outros seres vivos.
Shakra do plexo solar
Está ligado ao elemento fogo e encontra-se ligeiramente abaixo da Clavícula, na boca do estômago. Ao encargo deste Shakra está o nosso poder pessoal, o ego saudável, a realização pessoal e a manifestação de sucesso no nosso propósito de vida.
Quando em alinhamento e bom funcionamento, estamos em satisfação conosco próprios, sentimo-nos realizados, valorizamos a nós mesmos e o reconhecimento e o carinho que recebemos dos outros, temos um saudável amor-próprio e autoestima.
Aí moram também os nossos bloqueios e feridas relacionadas com a rejeição. Sinais de que precisamos de curar algo: problemas digestivos e gástricos; excesso ou falta de autoestima; Insónia, ansiedade e irritabilidade com coisas aparentemente insignificantes que ferem o nosso ego (alguém fez-te uma coizinha e tu sentes como se tivesse sido uma enorme ofensa).
Shakra cardíaco
Também ele é regido pelo fogo. Encontra-se bem no centro do coração. Aqui mora o nosso centro mais poderoso (a física quântica chegou à conclusão de que reside mais poder nos elétrons do coração do que nos do cérebro). À parte qualquer clichê, este é o canal responsável pelo amor, pela capacidade de dar e receber amor em todas as suas dimensões e manifestações.
Aí moram os nossos bloqueios e as feridas relacionadas com o abandono e com perdas de amor, e sinais evidentes de que precisamos de curar feridas são: problemas de saúde cardíacos; dificuldade em gerir relações amorosas e na digestão emocional de manifestações de amor por parte de outros seres vivos; excesso ou falta de necessidade de relacionar-se.
Shakra laringe
Regido pelos elementos água, fogo e ar. Está localizado na garganta e é o responsável por toda a nossa comunicação, verbal ou não verbal.Em equilíbrio e alinhado, confere-nos capacidade de transmitir fácilmente a nossa comunicação e de recepcionar as mensagens externas com clareza (fazemo-nos entender e entendemos, como se diria na linguagem popular) e exprimimos com fluidez a nossa verdade interior de modo que se faz entender sem causar mágoa ou dor no interlocutor.
Manifestam-se também aqui as nossas feridas e bloqueios de repressão.
Estes são alguns dos sinais de que pode haver feridas a curar: problemas de saúde com garganta, laringe e cordas vocais; momentos de ansiedade ou raiva que nos afetam a voz (afonia ou descontrole da intensidade da voz, para mais ou para menos); sensações inexplicáveis de ter algo parecido com um caroço na garganta; bloqueios de memória linguística.
São sinais, também, tendências excessivas ou para "falar demais" ou para se "fechar em copas".
Shakra do terceiro olho
É regido pelo éter e encontra-se na fronte, no ponto ligeiramente acima do nariz. Este é o canal responsável pela nossa intuição e pela visão interior, ou seja, "ver" e aperceber-se das coisas que não são explicáveis ou perceptíveis pelos outros cinco sentidos.
Manifesta-se aí a nossa sabedoria intuitiva e, quando este Shakra se encontra alinhado e em bom funcionamento, não só temos uma conexão apurada com a nossa intuição, como também temos facilidade em desenvolver visão criativa (empreendedorismo, artes, espiritualidade).
Para além de empreendedores fazedores, tornamo-nos também visionários e enxergamos claramente aonde queremos e aonde não queremos ir e quais os próximos passos a realizar (clarividência).
É também aqui que se manifestam as nossas feridas e bloqueios relacionados com a dúvida e com a fé/acreditar.
Alguns dos sinais de feridas são: dores de cabeça, enxaquecas e problemas com as fossas nasais; problemas relacionados com a visão; insónias; hiper ou hipoatividade da mente; insegurança e inconstância; bloqueios aparentemente inexplicáveis da memória (esquecimento ou muitas recordações de memórias antigas); medo do sobrenatural; fobias em geral.
E chegamos ao último dos sete Shakras, o coronário
é regido pelo ar e encontra-se no topo da cabeça.
É o responsável pela conexão com o divino (ou com as forças superiores em que cada um acredite - vida/universo/cosmos -). Mora aí a nossa espiritualidade, ou seja, a capacidade que cada um tem de dar um sentido superior a tudo que nos acontece, e ele nos conecta com o nosso eu superior (Brahman ou simplesmente o nosso melhor eu, o mais evoluído, como lhe queiram chamar).
Quando se encontra em bom funcionamento e alinhamento, sentimos que tudo o que experienciamos e por que passamos tem um propósito maior, estamos harmoniosamente conectados com a força superior em que acreditamos.
No alinhamento dos shakras, está a união equilibrada e fértil entre matéria e espírito, sentir, intuir e fazer, dar e receber, o equilíbrio dos elementos em nós que tornam possível que sejamos alinhados e felizes na vivência de humanidade e espiritualidade (somos seres espirituais a viver uma experiência humana, não somos seres humanos a viver uma experiência espiritual).
Neste canal energético, encontram-se as nossas feridas e bloqueios de apego e sinais disso são toda uma panóplia de sintomas e doenças físicas que estejam relacionadas com todos os Shakras.
Além disso, relacionam-se problemas de saúde encefálicos, dificuldade em abrir-se para situações que não podemos controlar, excesso de sentido de controle, extremo medo ou extrema predisposição para experiências de estados alterados de consciência (experiências de êxtase espiritual, uso de drogas ou cogumelos alucinógenos).
Nota final
Acrescento que óbviamente há muitas explicações somáticas para tudo que referi acima e isso não contradiz de modo algum a ligação destas experiências ao nosso sistema sutil da natureza, pois os problemas, graves ou menos graves de saúde, têm muito mais origens do que as biológicamente conhecidas.
Cris, estás a querer dizer que doenças podem ser manifestações de feridas da alma? Exatamente, podem e, embora sejam precisos vários processos para curar doenças do corpo, e todos esses processos são válidos, há um processo que nunca devemos descuidar: a sanação das feridas da alma, e a transformação delas em caminhos para a tua abundância e felicidade.
Por
isso, fiquem atentos ao próximo artigo, que será uma sequência deste, onde vamos
falar sobre o que fazer para sanar as feridas.
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