Introdução
Na penúltima publicação deste nosso blog, antecipei que, muito em breve, iríamos falar do despertar da consciência e dos quatro níveis em que a nossa consciência se move.
Vários ramos da neurociência vêm-se dedicando ao estudo do cérebro humano com ferramentas e recursos inovadores e todos eles são unânimes no seguinte ponto: apenas um quarto daquilo que se passa no nosso cérebro é consciente; os restantes três quartos encontram-se no subconsciente.
Portanto, é na descoberta e na exploração do nosso subconsciente que está a chave para descortinarmos o nosso total potencial como seres humanos multidimensionais.
O desbloqueio e a sanação são fulcrais para que possamos ter a vida realizada, feliz e contributiva que ansiamos; pois, a final, as nossas almas vieram ao mundo para isso mesmo e, caso não vivam nesse potencial pleno, elas desenvolvem sintomas crónicos de ansiedade, infelicidade e doenças físicas e das outras dimensões.
Uma vez que muito do que se passa em nós não é consciente, cabe-nos usar criteriosamente a nossa consciência para:
- fazer escolhas evolutivas;
- despertar a consciência;
- colocar a ação e a consciência ao serviço da alma e do subconsciente;
- descobrir o que a nossa alma quer;
- fazer planos de ação alinhada e inteligente para colocar as estratégias ao serviço da alma (unir o nosso feminino e o nosso masculino interior para manifestar a vida dos nossos sonhos).
Por isso, irá haver muitas publicações no blog e na podcast que irão tratar deste tema e de ferramentas que podemos usar para compreender e utilizar ferramentas que coloquem em prática e a render para cada um de nós estes recursos internos que cada pessoa, sem exceção, possui.
Os degraus
Hoje, no entanto, ficamos no primeiro destes pontos: os quatro níveis de evolução da nossa consciência. Vou nomeá-los e, em seguida, explicá-los de forma resumida. Antes de entrar na explicação, porém, resta referir que, por via da sociedade em que quer nós, quer os nossos antepassados viveram, é natural estarmos no primeiro nível.
Mover-nos para os próximos degraus, ou níveis de despertar, vai depender do trabalho interno e das práticas que usamos para evoluir e é absolutamente natural que não permaneçamos sempre no mesmo ponto da evolução: temos recuos e avanços ao longo da vida que são influenciados pelo nosso estado emocional face às circunstâncias.
Contudo, com constante trabalho de consciencialização e práticas transpessoais, é possível conseguir que sejam mais frequentes as fases de avanço do que as de recuo.
Primeiro degrau: o estágio da vítima
Este é o estado onde a nossa consciência se encontra quando acreditamos que o mundo e a vida nos acontecem. Sentimos que não temos poder algum, que somos as circunstâncias em que vivemos e as crenças em que acreditamos, inculcadas pelo que “se” diz, que a família, o ambiente cultural, os outros dizem.
Neste nível, acreditamos que nada do que acontece é responsabilidade nossa e que somos como marionetas da vida, sem controle algum de como manejar os acontecimentos. Podemos até em alguns momentos achar esse estado confortável (não me adianta tentar mudar nada, porque sou vítima. Nasci pobre; tenho tendências genéticas para este ou aquele problema de saúde; se tenho problemas na escola ou no trabalho, os professores ou o chefe é que são os maus).
Mas, noutros momentos, muitos deles, sentimo-nos presos(as) no desconforto (não importa quão insatisfeito/a estou com a minha vida, não tenho como mudar, estou preso/a ao que outros querem de mim, vivo os sonhos que outros têm para mim e existo apenas para encaixar nas expectativas de quem está à minha volta).
Segundo degrau: estado desperto ou estado masculino
A nossa consciência está aí quando reconhecemos que temos como tomar decisões, sobre a nossa realidade, que podemos tomar ações para manifestar a vida dos nossos sonhos.
Este é o ponto em que despertamos para práticas de manifestação (uso de práticas da lei da atração, tais como visualização criativa, afirmações, decisões). E é também o estado de empreender e tomar ações para moldar a nossa vida interna e externa.
Lado luz deste estado: não nos vemos mais como vítimas e joguetes nas mãos da vida, compreendemos que a vida não só “me” vai acontecer, como que ela também pode acontecer comigo.
Lado sombra: é um estado em que nos focamos totalmente no poder da mente e do intelecto, procurando com exigência imensa a perfeição de fazer tudo da maneira certa para que a vida aconteça da maneira como desejamos.
Terceiro degrau: Estado intuitivo ou feminino: A vida acontece através de mim
Este é o ponto da nossa consciência em que acessamos a nossa intuição, o dom que todo ser humano tem de compreender interiormente as mensagens da intuição e, com fluidez, saber o que deve ou não fazer, por vias que nada têm a ver com a lógica, e sim com o sentir.
É aqui que as nossas escolhas se tornam inspiradas pela alma, as práticas de manifestação se tornam mais leves e prazerosas, e os resultados começam a vir até nós, pois encontramo-nos conectados(as) com o feminino interior, com os portais intuitivos de abundância.
Esse mesmo é o lado luz de nos encontrarmos no terceiro degrau: ao despertámos a ponto de não só não sermos vítimas, também vamos conseguindo os nossos resultados com menos esforço mental, pois é a intuição, não apenas a lógica, que pautam as nossas ações e escolhas. Começa a acontecer magia.
Lado sombra: se estivermos apenas conectados à intuição, podemos perdermo-nos no caminho por falta de ações concretas para materializar os nossos resultados.
Quarto degrau: estado integrado. Eu aconteço à vida
Este é o estado integrativo da consciência, em que o masculino e o feminino, a intuição e a lógica, a ação e a contemplação, o compreender, o sentir e o fazer se equilibram, unem-se e conjugam-se para que possamos fazer acontecer grandes mudanças na nossa vida e no mundo.
É o estado de consciência dos grandes sábios e santos da humanidade, aqueles que, ao longo da história, influenciaram e modificaram o mundo por meio da sua forma de pensar, sentir e agir, e cujos legados influenciaram e influenciam gerações futuras.
Eram pessoas perfeitas? Não. Tinham vidas perfeitas? Não. E tampouco eram pessoas que não tinham de deparar-se com grandes desafios.
A grande maioria das pessoas, na história e na atualidade, que vemos como extraordinárias e legendárias foram pessoas que foram profundamente desafiadas pela sociedade e pela vida, pelas circunstâncias e pelas expectativas que eram nutridas em relação a elas.
Mas, de forma consciente ou não, elas atravessaram estes estágios da consciência, moveram-se pelos diferentes patamares desta escada e foram constantes buscadoras por evolução nas cinco dimensões humanas: física, mental, emocional, espiritual e energética.
Tu és extraordinário/a
Espera aí, Cris... Estás a dizer-me que eu, que tu, que todos nós podemos ser como os grandes sábios, que podemos ter vidas legendárias, deixar grandes legados de luz no mundo? Sim. É isso mesmo que estou a dizer, aliás, que estou a afirmar.
Tu nasceste para ter uma vida extraordinária, tens dons e códigos únicos que te permitem tornar-te um ser humano legendário, conhecido pela tua luz interior, pelo teu amor e por feitos importantes, e para teres uma vida feliz enquanto fazes isso.
Serás feliz porque contribuis, porque sacias a cede de amar e ser amado que há na tua alma, a cede de transformar tudo à tua volta no amor que te habita.
Para que isso suceda, há pequenas grandes ações que podes tomar desde já, tais como a de dedicares a tua vida à constante evolução da tua felicidade e dos que te rodeiam, conhecendo e estudando o manancial de recursos que tens sempre contigo, na tua alma e na tua consciência.
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