Falta um pouco menos de quatro meses para terminar o ano de 2023 e é uma excelente altura para parar um pouco e refletir:
- na viragem de ano, eu tinha entusiasmo e fiz a minha lista de sonhos?
- Ainda sinto conexão e entusiasmo pelos objetivos que me propus alcançar em 2023?
- Eu tenho clareza sobre o que preciso de fazer para chegar ao final deste ano com pelo menos uma parte significante das minhas principais prioridades?
Encarando esta reflexão, talvez estivesses à espera de dicas sobre o que deverias fazer para alcançar ainda os sonhos e objetivos com os quais te comprometeste, mas hoje vou fazer algo que não é tão habitual em mim: irei dar-te três dicas sobre o que não recomendo e o que eu mesma não pretendo mais fazer no ano de 2023 e com o que resta dele.
Se é certo que algumas das minhas prioridades tiveram de ser revistas e ajustadas, também não deixa de ser verdade que ainda há objetivos com os quais me sinto profundamente conectada e que não só pretendo realizar, como também sinto que me aproximei deles em alguns passos bem significantes.
As dicas que darei em seguida são precisamente atitudes que tive em outras alturas da minha vida, que não apenas me afastaram da vida que vim cá para viver, como também contribuíram para agravar conflitos internos e externos que prejudicaram as dimensões diversas do meu ser.
Sinto, então, a vontade imensa de contribuir para que desde início tomes consciência desses padrões e não os adoptes, para que não te drenem e afastem do teu caminho de alma.
1. Não julgues que a tua energia é inesgotável!
Sim, o teu potencial e as tuas capacidades são inesgotáveis, mas a tua energia não o é. Não temos energia para tudo; portanto, cabe-nos saber usá-la com sabedoria e discernimento, e colocá-la apenas naquilo que é realmente importante na nossa alma e no caminho de evolução.
Assim sendo, não postergues as pequenas mortes que são necessárias atravessar para que a tua energia não se esgote nem se torne um recurso desperdiçado.
Todos nós, especialmente as pessoas mais empatas, absorvemos imensas quantidades de energia de coisas, pessoas, lugares, objetos e demais situações, e ficamos com elas em nós, apesar de elas não nos pertencerem nem nos dizerem diretamente respeito.
Se for possível, devemos buscar evitar esses sugadores de energia; mas, quando as circunstâncias não permitem o afastamento pelas razões que sejam, é necessário que façamos com frequência limpeza da nossa energia, do nosso campo magnético.
Existem diversas técnicas para isso, sobre as quais não entrarei em pormenor neste artigo, mas o mais fundamental que temos de saber hoje é que está sempre ao nosso alcance separarmo-nos, com amor, dos cordões tóxicos que nos ligam a situações e a pessoas que drenam a nossa energia.
O amor é um laço que jamais pode ser destruído, mas as codependências tóxicas que por vezes se desencadeiam num relacionamento de amor, (seja que amor for), podem sim ser identificadas e eliminadas.
Busca formas de manter-te no teu centro o mais que te for possível, expressando a tua verdade desde um lugar de amor, estabelecendo limites, aprendendo a dizer não quando necessário e tomando decisões a favor da tua alma e da tua saúde multidimensional, mesmo que inicialmente isto te cause desconforto, perdas ou medo.
Estas são as pequenas mortes necessárias para que possas viver alinhado(a) com o propósito da tua alma e com a tua energia essencial.
2. Não aceites o rótulo de fracassado(a)
Quando fizeres retrospectiva da tua vida até hoje, verás conquistas e perdas, altos e baixos, momentos de felicidade e de dor. Ativa a gratidão diária e constante pelas tuas conquistas, quantitativas e qualitativas, objetivas e subjetivas.
Se és daquelas pessoas que acham que é preciso uma gigantesca conquista para te sentires grato(a), a probabilidade de que não o consigas é enorme. Portanto, há que analisar e agradecer todos os progressos que fazes, sejam pequenos ou grandes, sejam a nível da qualidade da tua vida ou da quantidade em termos materiais.
Quanto ao que não conseguiste ainda conquistar e alcançar, para de ver isso como fracasso e pensa em olhar para isso como aprendizado. Procura entender o que essa falha te quis ensinar, mostrar sobre ti, que novos caminhos isso te pode apontar, quais as coisas boas que te trouxe, qual o lado positivo da medalha.
Não assumas nem adotes para ti o rótulo de pessoa fracassada, que tu não és nem serás nunca; pois, se algumas experiências não deram certo, foi porque havia aprendizados associados a elas que tinham de ser feitos, e porque te fizeram experienciar aspectos que não terias vivenciado caso não tivesses feito uma experiência de insucesso.
Portanto, e tal como referido num artigo anterior deste mesmo blog, não existe culpa, apenas aprendizado, e o fracasso nada mais é que a oportunidade de recomeçar.
3. Não te pressiones, pressão é igual a prisão
Agora, ao ler isto, alguns poderão pensar algo como: mal, Cris, não te estás a contradizer? Falavas antes em não desperdiçar energias, o que também significa foco... Falavas em comprometimento na introdução destas dicas, e agora dizes para não me pressionar?
Sim, pois tu não podes avançar na velocidade de um Ferrari quando estás a conduzir um Nissan cascai (riso rasgado)... Os paços que podes dar são do tamanho das tuas pernas, nem maiores, nem menores.
E, sim, tudo na vida está sujeito à lei da mudança e existe sempre a possibilidade de constatar, ao fazer caminho, que aquilo que consideravas como a via certa afinal não é para ti.
Imagina que estás a viajar para Itália, mas apercebes-te durante o caminho que a tua verdadeira vontade seria ir para a Grécia... Então vais forçar-te a ir a Itália se esse não for o destino que realmente a vida te pede?
Ao longo do teu caminho, poderás descobrir que, por várias razões, te desviaste do caminho de sonho, seja porque paraste de seguir a alma e começaste a seguir o caminho da mente, seja porque fatores externos te influenciaram e optaste por mudar de rumo em prol de evitar conflitos, seja porque achaste que a dor não era suportável ou pelo que for.
No entanto, o único momento em que será demasiado tarde para mudar o caminho será quando chegar a hora da partida deste planeta e o nosso ciclo de vida findar.
E, se não queres pertencer ao número considerável de pessoas que morrem com a tristeza imensa de não terem vivido a sua vida como a alma lhe pedia, então não te obrigues nem te pressiones a nada, apenas busca seguir no curso da união do teu feminino interno com o masculino interno.
´Equação: feminino (desejos, sonhos, sentimentos, intuições, propósito; masculino (pensamento, raciocínio, direção, foco, estratégia, ação, penetração - inserção da missão no mundo -).
Fórmula cabalística da criação: 1 + 1 igual a três. Masculino mais feminino igual a bebé.
Masculino e feminino interno unidos é igual a manifestação dos teus objetivos de alma.
Portanto, se o teu feminino souber o que deseja e intui, e o teu masculino se aliar ao feminino e implementar a ação e compromisso para realizar a vontade do feminino, nascem os resultados e concretizações.
Quando tu te pressionas e obrigas a fazer algo só porque o prometeste a ti ou a outros, mesmo que isso não esteja alinhado com o teu caminho, estarás a reprimir o teu feminino e a colocar em ação um masculino interno não saudável que te leva à exaustão.
Podes até chegar ao objetivo pretendido, mas pagas um preço altíssimo por isso: o da tua saúde holística e o da tua vida alinhada com o propósito de alma.
Permite-me que termine esta publicação com uma pergunta: se olhares para o que resta do teu ano de 2023, fazendo a reflexão passo a passo e evitando as armadilhas referidas acima... Que pessoa serás no início de 2024?
Desejo-te profundamente que sejas a mais fantástica versão de ti, ser valiosíssimo!
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