sábado, 30 de setembro de 2023

As questões mais importantes da tua vida

Na publicação passada do blog e podcast visão da alma buscamos duas coisas. A conexão com a nossa intuição e o uso dela para nos ajudar a perceber o propósito da nossa vida.
A ferramenta de que te falo a seguir ajuda não apenas nesse contexto, como também a definires o ponto onde estás e para onde queres ir em todos os aspectos da tua experiência como ser humano.
Esta prática vem sendo usada pela Mind Valley, uma das maiores escolas de desenvolvimento pessoal da atualidade cujas plataformas nos facultam uma forma inovadora de aprendizagem.
Entrou também nas práticas no âmbito do Coaching Visão da Alma, para que cada cliente possa colocar este documento ao constante alcance da sua visão e inspirar-se nele para buscar a motivação interna que dá forças para navegar na complexa e maravilhosa experiência da vida.
Falo das "MIQ", sigla que deriva de "Most Important Questions", e quem vai criar esse documento, responder às questões, é cada pessoa por si e para si.
A criação do documento MIQ, que pode ser uma folha de papel ou um documento digital, está desenhada para nos ajudar a colocar os objetivos de uma forma alinhada com a nossa alma.
Incentiva-nos à visão futura, à denominada visualização criativa, com cuja ajuda podemos desenhar o nosso próprio mapa do tesouro, desafiando a criação convencional e tradicional de estabelecer objetivos e levando a um modelo muito mais eficaz.
Vamos começar por pegar uma folha de papel ou um editor de texto digital e pôr a mão na massa.
Caso se trate de uma folha de papel, desenha três colunas, nas quais irás depois preencher os campos das seguintes categorias. Ao apresentá-las, vou dizer, em traços gerais, para que servem; e, depois, de forma breve, explicar o que deves preencher, com que pensamentos e sentimentos.

1. O que eu quero ser?

Esta primeira categoria serve para traçares os teus objetivos. E, não, não se trata de falar sobre objetivos realistas e concretos. Trata-se de pensar sobre a tua atual identidade e escutar os desejos da tua alma sobre o que te queres tornar, quem queres ser.
Aqui, as respostas não se limitam à escolha de profissão e não vale responder com objetivos intermediários, mas com o grande objetivo final. Exemplo: objetivo intermediário seria “quero ser médico(a)” e objetivo final seria “quero curar e tratar muitas pessoas, possibilitar-lhes melhor saúde”.
Também não vale preencher com os objetivos cuja motivação é externa ou está relacionada com o ego. Exemplo: quero ser chef de cozinha com 5 estrelas Michelin; ou: quero ser advogado porque o meu avô queria que eu seguisse a carreira de jurista.
Portanto, vale aqui traçar objetivos que venham dos teus desejos internos, aquilo que faz, como se costuma dizer, o teu coração cantar. Não te preocupes se os objetivos são ou não realistas, o ideal é que eles tenham 50% de margem de se tornar realizáveis ou não.
Por que, Cris? Porque ao escrever desejos e objetivos considerados muito grandes ou ambiciosos, desde que eles correspondam ao que a tua alma deseja, o teu cérebro e a mente vão trabalhar na sua manifestação e trazer-te vias de tornar possível o impossível.
Vias que ainda não conheces, nem precisas conhecer neste momento, mas que sabes que a ti fazem todo o sentido.
Portanto, escreve nesta categoria aquilo que a tua alma te diz que são os grandes objetivos da tua vida.
Eles podem ser, sim, ambiciosos e até abstratos, tais como: “quero impactar milhares de pessoas através dos meus livros ou das minhas obras na construção da paz entre os povos e de uma convivência humana mais harmoniosa e sustentável” (frase retirada da minha folha MIQ).
Sê o(a) mais específico(a) possível e abre este questionamento a todas as árias da tua vida, dizendo quem queres ser como mulher/homem, como mãe/pai, no amor, de saúde, na carreira, na espiritualidade.
Não censures nenhum dos sonhos e objetivos, pois a continuação do processo irá revelar quais são desejos da alma e quais saem das necessidades satisfeitas do momento. (diferenças serão explicadas no próximo artigo).

2. Crescimento

Nesta categoria, nós olharemos para os objetivos da alma traçados na coluna anterior e analisaremos a forma como temos de crescer para os podemos realizar. O que precisamos de aprender? Quais as ações imediatas de aprendizado e crescimento adotar para chegar ao objetivo final.
Aqui é recomendado escrever três ações de crescimento a adotar que sejam praticáveis rumo ao cumprimento do teu grande objetivo final.
Por exemplo, se colocaste como objetivo algo como “fazer uma viagem à volta do mundo”, três metas de crescimento podem ser:

  • estudar inglês, espanhol ou outro idioma que seria conveniente eu dominar ou pelo menos conhecer para poder usufruir melhor da viagem;
  • pesquisar uma forma de criar uma fonte de rendimentos residual que me permita juntar algum dinheiro extra para a viagem;
  • otimizar a minha saúde com hábitos saudáveis para manter/melhorar as minhas condições físicas para ser saudável e desfrutar da viagem em plenitude.

A coluna do crescimento, portanto, chama-te a um conjunto de ações e cada objetivo pode incluir várias ações de crescimento.
Escolhe as que forem praticáveis a partir do primeiro momento, e, à medida que as implementas, vais ajustando as novas metas de aprendizado e crescimento que te levam a ficar cada vez mais perto do cumprimento do objetivo final.

3. Contribuição

Recordas-te do post sobre os três pilares da felicidade? Tudo a que te propões só te faz realmente sentido e pode manter acesa a tua motivação interna se tiver um propósito de serviço.
Não vivemos sozinhos no mundo e todos nos sentimos mais felizes e realizados quando "somos úteis", ou seja, quando aquilo que oferecemos tiver utilidade e contribuir para o melhoramento da vida de alguém, do individual ou do coletivo. É aqui que está o "Porquê" de quereres o que queres, de cresceres rumo ao que és.
Determina na próxima coluna a quem tu queres servir com a tua oferta, com a tua nova identidade. Ela será boa para ti e para quem mais? Como podem as pessoas que te rodeiam e cujas vidas tu tocas beneficiar-se com a tua nova identidade, com as tuas ações e aprendizados?
Visualiza claramente e escreve qual a contribuição que queres dar ao mundo.
Exemplos:

  • ao ser um(a) ... (aquilo que decidires ser), serei uma mãe mais amorosa, generosa e flexível para os meus filhos, possibilitando-lhes toda a vantagem de uma educação multifacetada;
  • poderei doar ... (percentagem de rendimento) a instituições de caridade da minha eleição para melhorar a vida dos ... (servidos pela instituição).

As grandes questões centrais deste exercício são: quem quero ser? Como o quero ser? E para que o quero ser?
As respostas a elas ajudam:

  • a desenvolver a criatividade da tua visualização;
  • a estabelecer as metas que permitam à tua mente expandir-se e encontrar as soluções aparentemente escondidas;
  • a inserir na tua vida ações e hábitos práticos e automotivados que te aproximem dia a dia um pouco mais da nova identidade que queres assumir e;
  • a encontrar o propósito do teu caminho com o serviço a que te sentes vocacionado(a).

Escusado será dizer que o documento MIQ, apesar de sempre te servir como guia, como lembrança daquilo que te move, pode ser reajustado de acordo com a tua evolução e com as novas descobertas que fazes ao longo da jornada.
Ao terminares o documento MIQ, guarda-o num local onde esteja sempre acessível para que o possas ver, e as afirmações e propostas que te colocas a ti mesmo servir-te-ão de fonte de renovada inspiração.
Compromete-te com o teu MIQ, que é dizer, contigo mesmo.
Estabelece o amoroso compromisso contigo de fazeres tudo o que está ao teu alcance para que possas viver na identidade que a tua alma se sente chamada a viver e poderás sentir a tua vida mudar gradual, mas constantemente, sendo cada vez mais feliz e alinhada com a visão da tua alma.

Mais informações 

sábado, 23 de setembro de 2023

Conecta-te com a tua intuição e descobre o propósito da tua vida!

Lembram-se do post sobre propósito de vida que inaugurou as postagens desse blog? Pois voltamos a falar sobre o assunto. Dessa vez, com uma meditação para ajudar você a compreender sua missão no mundo. Siga as orientações do post e ouça concentrado(a) à meditação, e você se encontrará e se encherá cada vez mais de abundância e felicidade!

sábado, 16 de setembro de 2023

Cura a tua maior ferida emocional agora! Prática poderosa de autocura para todos os dias!

Esteja em lugar silencioso, onde a prática não seja interrompida. E não conduza veículos enquanto ouve e medita! Ouça, desfrute, viva e compartilhe!

sábado, 9 de setembro de 2023

As três coisas que não deves fazer se desejas realizar os teus sonhos em 2023

Falta um pouco menos de quatro meses para terminar o ano de 2023 e é uma excelente altura para parar um pouco e refletir:

  1. na viragem de ano, eu tinha entusiasmo e fiz a minha lista de sonhos?
  2. Ainda sinto conexão e entusiasmo pelos objetivos que me propus alcançar em 2023?
  3. Eu tenho clareza sobre o que preciso de fazer para chegar ao final deste ano com pelo menos uma parte significante das minhas principais prioridades?

Encarando esta reflexão, talvez estivesses à espera de dicas sobre o que deverias fazer para alcançar ainda os sonhos e objetivos com os quais te comprometeste, mas hoje vou fazer algo que não é tão habitual em mim: irei dar-te três dicas sobre o que não recomendo e o que eu mesma não pretendo mais fazer no ano de 2023 e com o que resta dele.

Se é certo que algumas das minhas prioridades tiveram de ser revistas e ajustadas, também não deixa de ser verdade que ainda há objetivos com os quais me sinto profundamente conectada e que não só pretendo realizar, como também sinto que me aproximei deles em alguns passos bem significantes.
As dicas que darei em seguida são precisamente atitudes que tive em outras alturas da minha vida, que não apenas me afastaram da vida que vim cá para viver, como também contribuíram para agravar conflitos internos e externos que prejudicaram as dimensões diversas do meu ser.
Sinto, então, a vontade imensa de contribuir para que desde início tomes consciência desses padrões e não os adoptes, para que não te drenem e afastem do teu caminho de alma.

1. Não julgues que a tua energia é inesgotável!

Sim, o teu potencial e as tuas capacidades são inesgotáveis, mas a tua energia não o é. Não temos energia para tudo; portanto, cabe-nos saber usá-la com sabedoria e discernimento, e colocá-la apenas naquilo que é realmente importante na nossa alma e no caminho de evolução.
Assim sendo, não postergues as pequenas mortes que são necessárias atravessar para que a tua energia não se esgote nem se torne um recurso desperdiçado.
Todos nós, especialmente as pessoas mais empatas, absorvemos imensas quantidades de energia de coisas, pessoas, lugares, objetos e demais situações, e ficamos com elas em nós, apesar de elas não nos pertencerem nem nos dizerem diretamente respeito.
Se for possível, devemos buscar evitar esses sugadores de energia; mas, quando as circunstâncias não permitem o afastamento pelas razões que sejam, é necessário que façamos com frequência limpeza da nossa energia, do nosso campo magnético.
Existem diversas técnicas para isso, sobre as quais não entrarei em pormenor neste artigo, mas o mais fundamental que temos de saber hoje é que está sempre ao nosso alcance separarmo-nos, com amor, dos cordões tóxicos que nos ligam a situações e a pessoas que drenam a nossa energia.
O amor é um laço que jamais pode ser destruído, mas as codependências tóxicas que por vezes se desencadeiam num relacionamento de amor, (seja que amor for), podem sim ser identificadas e eliminadas.
Busca formas de manter-te no teu centro o mais que te for possível, expressando a tua verdade desde um lugar de amor, estabelecendo limites, aprendendo a dizer não quando necessário e tomando decisões a favor da tua alma e da tua saúde multidimensional, mesmo que inicialmente isto te cause desconforto, perdas ou medo.
Estas são as pequenas mortes necessárias para que possas viver alinhado(a) com o propósito da tua alma e com a tua energia essencial.

2. Não aceites o rótulo de fracassado(a)

Quando fizeres retrospectiva da tua vida até hoje, verás conquistas e perdas, altos e baixos, momentos de felicidade e de dor. Ativa a gratidão diária e constante pelas tuas conquistas, quantitativas e qualitativas, objetivas e subjetivas.
Se és daquelas pessoas que acham que é preciso uma gigantesca conquista para te sentires grato(a), a probabilidade de que não o consigas é enorme. Portanto, há que analisar e agradecer todos os progressos que fazes, sejam pequenos ou grandes, sejam a nível da qualidade da tua vida ou da quantidade em termos materiais.
Quanto ao que não conseguiste ainda conquistar e alcançar, para de ver isso como fracasso e pensa em olhar para isso como aprendizado. Procura entender o que essa falha te quis ensinar, mostrar sobre ti, que novos caminhos isso te pode apontar, quais as coisas boas que te trouxe, qual o lado positivo da medalha.
Não assumas nem adotes para ti o rótulo de pessoa fracassada, que tu não és nem serás nunca; pois, se algumas experiências não deram certo, foi porque havia aprendizados associados a elas que tinham de ser feitos, e porque te fizeram experienciar aspectos que não terias vivenciado caso não tivesses feito uma experiência de insucesso.
Portanto, e tal como referido num artigo anterior deste mesmo blog, não existe culpa, apenas aprendizado, e o fracasso nada mais é que a oportunidade de recomeçar.

3. Não te pressiones, pressão é igual a prisão

Agora, ao ler isto, alguns poderão pensar algo como: mal, Cris, não te estás a contradizer? Falavas antes em não desperdiçar energias, o que também significa foco... Falavas em comprometimento na introdução destas dicas, e agora dizes para não me pressionar?
Sim, pois tu não podes avançar na velocidade de um Ferrari quando estás a conduzir um Nissan cascai (riso rasgado)... Os paços que podes dar são do tamanho das tuas pernas, nem maiores, nem menores.
E, sim, tudo na vida está sujeito à lei da mudança e existe sempre a possibilidade de constatar, ao fazer caminho, que aquilo que consideravas como a via certa afinal não é para ti.
Imagina que estás a viajar para Itália, mas apercebes-te durante o caminho que a tua verdadeira vontade seria ir para a Grécia... Então vais forçar-te a ir a Itália se esse não for o destino que realmente a vida te pede?
Ao longo do teu caminho, poderás descobrir que, por várias razões, te desviaste do caminho de sonho, seja porque paraste de seguir a alma e começaste a seguir o caminho da mente, seja porque fatores externos te influenciaram e optaste por mudar de rumo em prol de evitar conflitos, seja porque achaste que a dor não era suportável ou pelo que for.

No entanto, o único momento em que será demasiado tarde para mudar o caminho será quando chegar a hora da partida deste planeta e o nosso ciclo de vida findar.
E, se não queres pertencer ao número considerável de pessoas que morrem com a tristeza imensa de não terem vivido a sua vida como a alma lhe pedia, então não te obrigues nem te pressiones a nada, apenas busca seguir no curso da união do teu feminino interno com o masculino interno.
´Equação: feminino (desejos, sonhos, sentimentos, intuições, propósito; masculino (pensamento, raciocínio, direção, foco, estratégia, ação, penetração - inserção da missão no mundo -).
Fórmula cabalística da criação: 1 + 1 igual a três. Masculino mais feminino igual a bebé.
Masculino e feminino interno unidos é igual a manifestação dos teus objetivos de alma.
Portanto, se o teu feminino souber o que deseja e intui, e o teu masculino se aliar ao feminino e implementar a ação e compromisso para realizar a vontade do feminino, nascem os resultados e concretizações.
Quando tu te pressionas e obrigas a fazer algo só porque o prometeste a ti ou a outros, mesmo que isso não esteja alinhado com o teu caminho, estarás a reprimir o teu feminino e a colocar em ação um masculino interno não saudável que te leva à exaustão.
Podes até chegar ao objetivo pretendido, mas pagas um preço altíssimo por isso: o da tua saúde holística e o da tua vida alinhada com o propósito de alma.
Permite-me que termine esta publicação com uma pergunta: se olhares para o que resta do teu ano de 2023, fazendo a reflexão passo a passo e evitando as armadilhas referidas acima... Que pessoa serás no início de 2024?
Desejo-te profundamente que sejas a mais fantástica versão de ti, ser valiosíssimo!

sábado, 2 de setembro de 2023

Como conseguir maturidade emocional?

Na publicação de hoje, abordamos uma pergunta que me foi feita algumas vezes e que considero ser de elevadíssima importância para todos nós, pois a maturidade emocional é um dos pilares básicos para que consigamos ter paz interior e, por sua vez, a paz interior é a premissa para que possa existir paz no mundo.

Maturidade emocional é quando temos a postura e as ferramentas necessárias para lidar com as emoções, e muito se fala já em inteligência emocional.

Mais do que trazer-vos as definições propostas por estudiosos, expresso aqui a definição que encaixou comigo e me ajudou a compreender e implementar o conceito nos meus hábitos e na minha vida em todas as suas dimensões.

Maturidade emocional, no meu ver, é quando nós aprendemos a conhecer e aceitar as nossas emoções.

A aceitação gera transformação, enquanto a não aceitação gera conflito. Aceitar as emoções que vivo permite-me uma maior tomada de consciência – que, por sua vez, leva-me a senti-las e processá-las, o que consequentemente me ajuda a transmutá-las e viver em paz interior.

Não aceitação gera mais emoções contrativas - que, por sua vez, não me despertam a consciência de mim mesma e do mundo à minha volta e isso não me faz viver e transmutar os meus processos, coisa que não me permite evoluir e afasta-me da paz interior.

Parece muito teórico e confuso? Talvez. Por isso, o melhor é ilustrar através de exemplos e vou fazê-lo com exemplos da minha própria história.

Devido aos meus acentuados problemas de coluna que constituem quase uma segunda deficiência a par com a cegueira, recebi aos 10 anos a notícia de que não poderia, tal como sonhava, fazer uma carreira como ballerina ou até mesmo dançar balé.

Mais ou menos pela mesma idade, queria matricular-me como aluna de violino na escola de música, mas o meu pai não permitiu, alegando que eu já tinha muitas atividades – pois, para além da escola, estudava piano, canto e tinha aulas extracurriculares de espanhol e italiano.

Escusado será dizer que fiquei muito triste com ambas as situações.

Quais teriam sido as possíveis consequências   de não as aceitar?

Ficar com raiva, culpar a professora e os meus pais pela minha decepção, desenvolver sentimentos de inveja e raiva por todos os violinistas e praticantes de balé ou recusar-me a aceitar e forçar ambas as carreiras levar-me-ia, muito provávelmente a um nível de desgaste e difícilmente teria sucesso em alguma das coisas que já havia abraçado.

Consequências de aceitar as emoções foram:

  • expressar a minha dor e a raiva, fazer o luto desses sonhos (sentir);
  • buscar alternativas saudáveis de movimento que fossem tão delicados como o balé e começar a praticar ioga e danças contemporâneas (pensar);
  • dedicar-me ao estudo dos idiomas e tornar-me versátil neles, assim como elevar as minhas notas escolares para conquistar uma futura profissão que me permitisse obter a liberdade financeira para fazer o que bem me apetecesse (transmutar)

Aceitar as nossas emoções permite-nos um bem essencial que consiste em sermos autênticos.

Não seremos autênticos e fiéis à nossa verdade interior se varrermos a nossa emoção para debaixo do tapete ou a anestesiarmos – pois, ao fazer isso, não damos oportunidade a nós próprios de evoluirmos. Para evoluir, eu tenho de sentir e aceitar, abraçar as minhas emoções.

Após isso, tenho dois caminhos: posso focar-me no problema ou nas soluções para o problema, a escolha será minha. E sem dúvida que a minha mente vai querer focar-se em algo, a função dela é pensar, analisar, raciocinar e criar padrões.

Então, se eu decidir focar em soluções, dou à mente um trabalho que a beneficia e beneficia o meu futuro e o meu presente: vai amiga, vamos procurar uma solução.

Ok, não podes dançar balé, mas o que podes fazer que seja bonito, te permita dançar e movimentar-te de forma saudável?

Ok, eu tenho um valente risco no meu carro e isto vai-me custar um dinheirão para que o carro possa ser arranjado, então vamos pedir orçamentos a mecânicos e, depois, buscar uma forma de ganhar dinheiro extra, uma fonte de rendimento residual - para que, no tempo indicado, possa obter o valor que preciso para arranjar o veículo.

Se o trabalho da mente é a pesquisa e a criação de padrões, o trabalho da alma é fazer aprendizado e transformá-lo.

Se eu, e isto é verídico, experienciei na infância maus-tratos, diversas formas de abuso, abandono, negligência e humilhação, vou trabalhar para poder enviar amor a essa situação e transformar-me no ser humano que dá aos outros todo o contrário: amor, cuidados, exaltação das qualidades, entrega e encontros.

Faço isso porque sou um ser iluminado? Não, faço isso porque tenho uma cada vez maior consciência de mim mesma, do mundo e das leis universais, e porque a vida me deu experiências e exemplos que me inspiraram a entender que há verdades que não são apenas frases feitas.

Gandhi dizia: sê a mudança que desejas ver. E como é que eu posso ver um mundo onde as pessoas se amam mais se eu mesma não amar mais?

As experiências que fiz e ainda faço vêm para a minha evolução e, embora cada ser humano tenha o seu próprio plano de alma, nós podemos transmitir às pessoas do nosso entorno (família, amigos, amados, clientes, colegas, ETC.) as ferramentas com que nós mesmos aprendemos e, se elas pegarem na ferramenta e a adaptarem à própria experiência, ela pode resultar.

Se eu não te amasse

Se não te amasse tanto, tão perdidamente, tão infinitamente, Se não soubesse quanto te amar me expande, Não saberia como amar-me, Não ...