Passando apenas para avisar que o primeiro episódio do meu podcast já está no ar! E é para celebrar a Páscoa! Confiram aqui e, com ele, tenham uma maravilhosa Páscoa, a melhor que já tiveram até agora!
Estamos a viver numa época em que o desenvolvimento humano nunca esteve tão atual, embora ainda esteja no início do seu real reconhecimento. O presente blog é a expressão das minhas experiências como ser humano e como coach, como eterna aprendiz das ciências humanas e da espiritualidade, como criadora de métodos simples e práticos para aplicar no dia a dia para adquirir mais altos níveis de bem-estar integral, como mulher portadora de deficiências físicas e como artista.
sábado, 8 de abril de 2023
Primeiro episódio do podcast da Visão da Alma!
sexta-feira, 7 de abril de 2023
Cegueira, espiritualidade indiana e matriarca... Quem sou eu?

Hoje senti fazer uma publicação extraordinária no blog visão da alma para partilhar convosco uma das reflexões profundas e reveladoras que tenho estado a fazer no meu trabalho e estudo de diário ao que me dedico, não apenas para ter as melhores ferramentas como coach, como também para me conhecer a mim mesma cada vez melhor, pois a partir de um lugar de mais autoconhecimento podemos prestar um serviço mais autêntico e profundo aos atuais e futuros clientes.
Nas reflexões e rituais sobre os quais falei na última publicação, assim como no âmbito dos meus estudos, fui levada a refletir profundamente sobre duas questões essenciais: quem sou eu de verdade?
Essa questão divide-se em três aspectos que, em conjunto, criam o "blueprint" da minha vida.
- Quem é que eu quero ser na vida?
- Em que é que eu preciso de crescer para que me possa tornar o que desejo ser?
- Qual é o contributo que posso dar ao mundo ao tornar-me naquilo que desejo ser?
Medo e culpa sempre foram dois dos meus grandes bloqueios, embora talvez não pareça para quem me conhece pessoalmente... :)
Contudo,
sucede que o medo é um bloqueio que reside no nosso primeiro dos sete
principais Chacras, o chakra raiz, localizado no fundo da nossa espinha dorsal.
Este chakra está ligado ao elemento terra, é o ponto da nossa roda energética
que nos liga à terra, que nos enraíza e nos conecta ao centro de onde provêm a
máxima abundância.Divulgação / Sunshine Cristais
Após
estudar o meu mapa astral e conhecer com profundidade os meus aprendizados
cármicos, e sabendo eu que um dos meus carmas é justamente em Leão (carma de
rejeição da sociedade), tornou-se extremamente claro para mim que tenho
dificuldade justamente em enraizar, pois sempre senti que... Não pertencia aos
lugares onde estava.Divulgação / Dreamstime.com
Sim... a temática da pertença está presente desde a minha infância, pois sempre me senti "diferente", e sentia que a sociedade me colocava em uma espécie de gaveta à qual eu supostamente pertenceria, mas onde não me sentia em casa. Alistarei três desses exemplos abaixo.
1: cegueira
Era
e sou deficiente visual total, mas apresentava poucas características daquilo
que seria suposto, no círculo ambiental em que vivia, “normal” numa pessoa
cega. Se é que se pode falar em características "típicas" de pessoas
cegas, então ainda hoje eu sou completamente atípica...Divulgação / Olhar sem Limites
São, ainda hoje, poucas as pessoas deficientes visuais com as quais me consigo identificar profundamente e ter uma amizade que vá além do simples small talk, embora eu goste muito de promover iniciativas de crescimento pessoal entre os deficientes visuais da lusofonia.
2: sempre estrangeira e de espírito oriental
Nasci
em Portugal, fui criada na Suíça e considero-me uma cidadã do mundo. Mas isso é
agora, pois durante muitos anos estive completamente dividida e sem saber onde
pertencia. Fui extremamente bem acolhida na Suíça, onde gozei de uma educação
fantástica a todos os níveis e fiz relações humanas inesquecíveis.Divulgação / Wikipédia
![]() |
divulgação / Brasil Escola |
E a cereja no topo deste bolo... desenvolvi muito cedo interesses que não eram os dos meus amigos nem da minha família. Enquanto outros jovens se interessavam por desporto, moda, novelas e fofocas, o meu universo era estudar religiões, culturas, História e literatura.
Senti desde muito jovem aquilo que hoje sei serem memórias de vidas
passadas que me ligam ao islão, ao mundo árabe, à África e... à índia, o meu
lar espiritual. Descobri a minha conexão com este subcontinente multifacetado
durante a infância, através de uma família tâmil que conheci na Suíça...Divulgação / Wikipédia
E o meu caminho mostrou-me que foi lá que aprendi muitos dos códigos ancestrais de conexão com a alma e com o divino que caracterizam a minha essência. Portanto, sou uma portuguesa, cosmopolita suíça com alma indiana... Durante tantos anos sempre me senti pura e simplesmente estrangeira onde quer que estivesse, e seria pouco fiel à verdade se dissesse que deixei totalmente de sentir-me assim.
Contudo, hoje compreendo que não eram as sociedades que me rejeitavam a mim, era e sou eu que rejeito ser catalogada numa gaveta, ou seja, rejeito pertencer apenas a uma ou duas categorias de pessoas ou nacionalidades ou espiritualidades... eu pertenço, na verdade, a todos os lugares onde a alma toca, e não pertenço a nenhum, pois estamos todos de passagem...
Pertenço ao universo e pertenço à energia criadora que me enviou, e à missão de vida que me comprometo a cumprir. No entanto, não nasci ensinada, não tinha uma imagem tão clara como tenho agora sobre isto, e sentia-me pura e simplesmente não pertencente... embora fosse claramente cega, claramente portuguesa, claramente muita coisa e claramente nada dessas coisas.
3: maternidade e matriarcado
Desde
a mais tenra idade, senti intensíssima vocação e chamado à maternidade. Quando
tinha a volta dos três, quatro anos e brincava com as minhas bonecas, tinha
três coisas bem claras na minha mente: iria ser enfermeira, mãe e cantora.
Enfermeira, porque gosto de cuidar e de curar pessoas. Cantora, porque amo a
expressão da alma através da música e do canto, e mãe. mãe de muitos filhos.Divulgação / Médico Campinas
Passei o resto da infância e da adolescência procurando vias de cumprir estes propósitos... embora de outras formas. Enfermeira, como é óbvio, ficou fora de questão devido à deficiência, então comecei a procurar alternativas e namorei com as ideias de estudar psicologia, direito, sociologia. O desempenho escolar deu durante muito tempo para abrir todas estas portas.
Mas a história da vida seguiu um curso onde eu, tentando pertencer, me afastei do meu plano de alma e desci a sombras profundas, necessárias ao meu crescimento, mas que me levaram a atravessar crises de vida e doenças que deitaram os planos de estudo por terra durante alguns anos.
Atravessei a via dolorosa, recuperei e renasci das cinzas, fiz o meu caminho de acordo com a apresentação minha que podem ver neste blog... E, dos três planos de vida que a menina de três anos tinha, apenas um ficou durante muito tempo sem alteração alguma: iria ser mãe.
Segui esse objetivo com energia mais ou menos consciente, e cheguei a manifestar uma gravidez aos 22 anos, mas já se manifestavam vividamente os meus dois grandes bloqueios que identifico agora com toda clareza: medo e culpa. E eles manifestaram-se tão fortemente que provocavam múltiplas doenças físicas.
Elas levaram à perda do meu filho aos 22 anos e continuaram-se a manifestar em surdina primeiro e depois com intensidade, até que culminaram no ano de 2020 com um extremamente doloroso processo de hemorragia interna que pôs a minha vida em risco, e terminou com a cirurgia de histerectomia total.
Enquanto os outros sonhos de menina não foram abalados desta forma, apenas se foram transformando e adaptando às circunstâncias, o sonho da maternidade biológica fora totalmente extinto. Deixou um profundo luto que tive de atravessar, pois mais uma vez... não pertencia mais às mulheres vocacionadas para a maternidade, apesar de ter alma de mãe!
Quem és tu, e o que fazes com os teus bloqueios?
Então, após toda esta salganhada, o meu querido leitor, o meu cliente, os meus atuais mentores e coachs e eu mesma perguntamos para mim própria: Cris, quem és tu afinal e o que fazes com os teus bloqueios? Qual é a história que contas a ti própria e aos outros sobre a tua vida, hoje, neste preciso momento?
Eu
sou uma mulher, uma rainha empoderada da minha própria vida, que é cega, que é
portuguesa, tem como segunda pátria a suíça e traz no baú das experiências da
sua alma uma bagagem que vem de todas as culturas onde já encarnou.Pixabay
Sou uma estudante eterna da sabedoria e da abundância, que escolhe identificar e dissolver os seus bloqueios, alquimizar e transmutar as emoções e vivências contrativas e dolorosas para se tornar a cada dia uma pessoa mais capaz de espalhar e suster abundância, e escolhe deixar no mundo um legado de amor, sabedoria, compaixão, empatia, alinhamento com a alma e com o divino que está em cada ser vivo.
Sou uma mãe que, embora não gere vida humana no ventre, escolhe gerar pensamentos, terapias, livros, programas, plataformas e espaços aonde todos os que quiserem podem ir buscar recursos para também poderem superar os seus bloqueios, processar as suas dores, descobrir os seus mapas de abundância, conectar-se com a sua essência, intuição e visão da alma, viver os seus dons naturais, ser e pertencer!
Sou a que tirou aprendizados preciosos de tudo o que mencionei aqui e muitas coisas mais, e que não se satisfaz em ficar com isso para mim, pois continuando com a essência de cuidadora e cuidadora, quero partilhar o que sei e o que continuo a aprender para que todos possam curar-se, todos possam encontrar dentro de si as suas alavancas de crescimento e as suas chaves secretas de acesso à centelha divina...
sou a que causa impacto positivo em todas as vidas que tocar, contribuindo para que sejam mais felizes através do que tenho para lhes ensinar, mas também do meu contributo pelos meus próprios dons, pelo meu tempo, pela caridade, pelos projetos profissionais onde me envolvo e pelas atitudes que assumo.
Decido ser uma contribuição constante para um mundo mais feliz, mais humano, mais compassivo, mais alinhado com a natureza, mais próspero, mais justo, mais positivo!
sábado, 1 de abril de 2023
As mortes e a visão da alma
Estamos
em época de Páscoa. Para a grande maioria de nós, é uma época festiva,
independentemente da espiritualidade ou da religião que professamos e vivemos.Divulgação / Santhatela
Se para alguns está ligada a Paixão, morte e ressurreição de Cristo (Cristianismo), para outros está associada à celebração da primavera, da fertilidade, da renovação, do florescimento (antigas culturas celtas, festival de Ostara, ETC).
Muito haveria para dizer sobre o sincretismo (como as visões da Páscoa se misturam e acabam por abraçarem-se e, por vezes, quase diluírem-se), uma análise sem dúvida muitíssimo interessante que gosto de fazer nos meus estudos de religiões e espiritualidade; mas, neste blog e neste artigo, não vamos hoje aprofundar este aspecto.
Vamos, sim, falar da visão da alma, e de mortes.
As mortes que atravessamos na vida
Mau, Cris... Vais mesmo falar de morte? Vou, mas não apenas da morte física, da morte clínica e cerebral... do luto de perder pessoas queridas. Teria imenso que escrever sobre isso, sim, mas aqui vou falar das mortes que atravessamos durante uma só vida.
A nossa identidade humana é flexível e ela muda sempre ao longo da nossa vida. Como sucessão de ciclos que é, cada início de um ciclo é um nascimento, e cada final de ciclo é uma morte.
Vejamos: durante o período de gestação, atravessamos duas fases, nas quais somos primeiro um feto e, em seguida, um embrião. Nesse tempo, estamos em simbiose com a mãe, o que significa que não precisamos de pedir comida nem bebida nem cuidar de absolutamente nada, pois o corpo da mãe, e não só, proveem as nossas necessidades.
Ao nascer, morremos para o nosso estado simbiótico, para aquela fase de abundância natural e automática, e nascemos para um mundo completamente desconhecido, de sons, cheiros, imagens e muitas mais impressões a que não estávamos de todo habituados. Passamos a ter que pedir alimento, que nos mudem a fralda... Atravessamos a nossa primeira morte metafórica.
Assim sucede constantemente com os ciclos que se fecham e aos quais estão associados hábitos, pessoas, comportamentos, atividades, e a vida é uma constante transmutação. Mudamos o nosso corpo, o nosso comportamento, os interesses, as prioridades e os recursos.
A criança morre em parte quando entramos na adolescência... e há uma parte de nós que morre e renasce com cada ciclo que terminamos e com cada ciclo que iniciamos.
No período pascal, convido-nos a todos a refletir e fazer caminho sobre como os ciclos da nossa vida nos estão a levar rumo à nossa identidade melhor.
O caminho espiritual da Páscoa
Em seguida, vou falar-te um pouco sobre o que para mim é o caminho espiritual que traço e recomendo a meus clientes e amigos que tracem nesta época do ano, independentemente de quais são as suas crenças religiosas e tradições, que aconselho que eles as vivam de forma que contribua para a sua própria felicidade e a dos seus.
Reconciliação contigo e com a vida
Esta categoria divide-se em duas atividades. A primeira consiste em manifestar gratidão por tudo o que já conseguiste atingir no teu caminho até aqui, os aprendizados que adquiriste, as experiências que viveste e as pessoas que encontraste. Faz uma lista de tudo que viveste e manifesta a tua gratidão profunda.
Ao passo que fazes a lista da gratidão, vão surgindo as recordações que não agradam tanto... As pessoas que te magoaram, os momentos em que não conseguiste alcançar um objetivo, alguma "morte" que tenhas atravessado... morte de um sonho, de uma relação, de um emprego ou de uma atividade.
Para essa etapa, existe precisamente a reconciliação. Escreve uma carta à vida onde exprimes tudo o que te magoa, seja por ultrajes de outrem, seja por situações que tu mesmo não conseguiste realizar como o previsto.
Recorda o artigo sobre perdão que pudemos ler há algumas semanas e, nesta primeira parte da carta, exprime abertamente todos os sentimentos em relação aos aspectos que causam dor ou raiva.
Em seguida, após permitires por alguns instantes que as emoções contrativas surjam, irás fazer os passos seguintes do perdão (Aprendizado, empatia e perdão), e concluirás a carta à vida expressando profundo apreço e amor por ti mesmo(a), enfatizando que, apesar de tudo que tens de perdoar-te, te amas, te aceitas e te respeitas tal como és.
Celebra tua nova vida e abençoa os recursos criadores de vida em ti. Celebra o teu novo eu!
Renascimento
E então estarás preparado(a) para a metamorfose que deixarás acontecer, e permitir-te-ás nascer na tua nova identidade, assumi-la, abraçá-la e revelá-la a ti mesmo e ao mundo. Estarás pronto(a) para viver nesta vida aquilo que agora sabes que foste destinado para viver, estarás de coração e mente abertos para a vida.
Terás a riqueza de todos os aprendizados feitos no passado aliados à sede de manifestar mais amor, mais abundância, mais entrega, mais alegria, mais empatia, mais compaixão, mais troca de aprendizado, mais partilha e mais profundidade, mais fluidez e mais espiritualidade, mais emoções e experiências positivas, mais engajamento, mais relações positivas, mais significado e mais realização!
Caso sejas católico(a) e/ou tenhas crença em Deus, sigas os passos da reconciliação proposta pela antiga prática, mas não sem antes teres concluído o processo contigo mesmo(a). E atenção: por vezes, para que isso possa suceder, são precisas várias cartas!
Por último, entrega as cartas às cinzas ou a um curso de água (rio, mar). Com isso, estarás entregando a mágoa e o aprendizado, assim como também o perdão e o amor, à natureza, para que ela o possa transformar em nova vida!
Escolhe o teu novo caminho
Após teres celebrado com gratidão e de te teres reconciliado com a vida, estará na hora de debruçares-te sobre o novo ciclo que queres começar, a nova identidade que queres assumir, a nova vida que queres viver.
Aconselho sempre fazer essas reflexões por escrito porque, desse modo, estarás a organizar as ideias e a fazer registro de algo que, posteriormente, poderás reler e acompanhar melhor a tua evolução. Por isso, faz a tua lista daquilo que significa para ti a nova identidade.
Primeiro, bem livremente, de uma forma geral, tudo que vier à alma e à mente. Depois de ter escrito tudo, define quais são as prioridades número um que são deveras de grande importância para essa nova fase e identidade.
Após finalizar esse registro, traça o roteiro, ou seja, escreve o que é preciso fazer para chegar lá, as ações concretas necessárias para pôr em prática o caminho. Por isso lhe chamei escolher caminho. Portanto, escolhe caminho e traça o roteiro (lado masculino da alma, plano de ação).
Ao fazeres isso, irás aperceber-te que algumas coisas irão mudar irreversivelmente daqui em diante; portanto, aceita isso e deixa que as emoções venham à tona face a essa constatação.
Conecta-te com o teu sagrado
Sim, quer sejamos religiosos ou não, todos temos um templo interior, ou seja, os recursos internos da nossa alma (o lado feminino, intuição, emoção, gestação e acolhimento). Resumindo: conecta-te com as forças que dão sentido à tua vida, com a voz da tua intuição, com a visão da alma.
No artigo da próxima semana, em que já estarei imersa neste processo que descrevo, falar-te-ei mais sobre o que, na minha definição, é a visão da alma.
Posso já adiantar que é com ela que convido a conectares-te após a escolha do caminho, pois é nesse espaço que estão os teus recursos únicos, os códigos singulares da tua alma, o teu eu superior, a tua centelha divina, a tua real essência, ou seja, aquilo que és originalmente, sem os filtros da repressão nem os danos das experiências dolorosas.
Conecta-te com o teu interior e ouve a sua voz, busca aí os recursos que não são dependentes do mundo exterior e que, nas horas mais desafiadoras do caminho que tens pela frente, te vão dar a necessária sabedoria, força, resiliência e perseverança para levares a nova vida adiante sem que nada ponha em causa a tua caminhada para a qual vieste ao mundo.
Atravessa a morte
Feito
isto, o passo seguinte será justamente atravessar o portal de morte, ou seja,
despedir-se, deixar para trás, tudo o que irás constatar que não faz parte da
nova identidade que queres assumir. Claro, é um processo doloroso, pois pode
significar despedir-se de pessoas, de sonhos que amávamos, de hábitos muito
enraizados.Pixabay
Pode significar o reconhecimento súbito de que algo que para nós parecia fazer todo o sentido, na verdade não passou de algo ilusório. Irás então atravessar a dor da perda, do luto, a noite escura onde te podes sentir vazio(a) e perdido(a).
Aceita essa vivência e chora os lutos que é necessário chorar, sepulta de forma metafórica e simbólica, na compaixão e no amor, tudo que precisa ser sepultado, e abraça a experiência do vazio e da solitude; pois, nesse momento, a voz da tua alma falará mais alto do que nunca e permitir-te-á descobrir forças que eram até aqui totalmente desconhecidas.
Celebra a nova luz
Após o luto e a solitude, permite-te meditar e antever o sucesso que a tua nova vida te poderá trazer.
Segundo os antigos alquimistas, o chumbo e outros metais que eles transformariam em ouro passava por quatro fases: nigredo (arder do metal até se queimar por completo), albedo (essência totalmente branca, despojada de todas as características do antigo metal), citredo (Processo em que o metal assume novas características e se transmuta em amarelo) e rubedo (o metal assume as novas características que finalizam o processo da sua transformação em ouro).
A alquimia aplicada ao ser humano acontece de forma idêntica e tudo isto está neste processo que descrevo. Após o luto que fazemos do material (ardido) de que nos despedimos, a próxima etapa consistirá em preencher gradualmente o vazio com a nova identidade e com o novo fogo que queremos acender em nós, e celebrar desde já aquilo que, assim sabemos, permitirá a criação da nova vida!
Portanto, medita e visualiza o resultado final que acontecerá após conquistares a tua nova identidade, e nas etapas anteriores tu já decidiste quais os passos que terás de implementar. Então este será o momento de celebrares já aquilo que, inevitavelmente, sairá do processo de se juntar masculino da alma com feminino da alma, que é a criação de nova vida, nova identidade.
Sabes que irá haver novos desafios, mas sabes também onde estão os recursos interiores secretos do teu mapa do tesouro que mora no que designamos como templo sagrado, e sabes que os terás.
Se eu não te amasse
Se não te amasse tanto, tão perdidamente, tão infinitamente, Se não soubesse quanto te amar me expande, Não saberia como amar-me, Não ...
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Se não te amasse tanto, tão perdidamente, tão infinitamente, Se não soubesse quanto te amar me expande, Não saberia como amar-me, Não ...
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Introdução Olá, gente! Para quem gosta de ler, essa é uma adaptação do áudio publicado como podcast . Hoje, vim escrever este conteúdo para ...